Carreiras | Empregos

Por Rômulo Martins
Amanda Aline Barbosa, 16, está no último ano do Ensino Médio e quer ingressar em uma universidade no ano que vem, mas ainda não decidiu o curso.
Está em dúvida entre Química e Engenharia. “Tenho medo de escolher uma profissão e não dar certo”, desabafa a jovem.
A estudante foi uma das 60 mil pessoas que passaram pelo Centro de Práticas Esportivas da USP entre os dias 4 e 6 de agosto durante a 5ª edição da Feira das Profissões, em São Paulo.
No evento teve a chance de informar-se sobre os cursos oferecidos pela universidade, além de assistir a atrações como o “Show de Física” e de participar de dinâmicas de orientação profissional.
Coordenadora de serviços de orientação profissional da USP, a psicóloga Maria da Conceição Uvaldo afirma ser a pesquisa a melhor maneira de o jovem decidir a carreira. “Às vezes o jovem encasqueta com uma profissão sem ao menos pesquisar sobre a área. Quando entra na faculdade tem uma grande decepção.”
escolhaprofissional
Feiras de profissões são uma ótima oportunidade de conhecer um pouco sobre determinadas carreiras, mas há outras possibilidades, ressalta Maria da Conceição. “Existem as faculdades de Psicologia, que oferecem serviços de orientação profissional. Há ainda a Internet, os sites especializados e os próprios profissionais que atuam na área de interesse do jovem, que podem lhe dar informação.”
Autoconhecimento
Também no último ano do Ensino Médio, Eduarda Ila Muniz, 17, diz gostar de Publicidade, porém foi à feira buscar informações sobre o curso de Arquitetura e Urbanismo. “É uma outra opção. Mas também gosto de criar, mexer com mídias.”
Segundo a psicóloga Maria da Conceição, ainda que a pesquisa seja essencial na escolha da profissão, o jovem precisa se conhecer bem para tomar decisões assertivas. “As disciplinas escolares são apenas um fator a ser levado em conta. É importante descobrir ainda coisas do seu interesse, o que o motiva, o que chama sua atenção em uma revista ou na TV, por exemplo.”
Para a psicóloga, ceder à pressão dos pais não é o melhor caminho. “Muitas vezes os pais têm uma imagem da profissão que não corresponde à realidade, pois o mercado de trabalho muda muito rápido. Convide-os para fazer pesquisas de mercado junto com você.”
A orientadora discorda também da ideia de escolher a profissão com base apenas no retorno financeiro ou porque a carreira está em alta. “O problema enfrentado por muitos profissionais está relacionado à concentração.
Em São Paulo, por exemplo, há uma grande concentração de profissionais de nível superior, mas essa não é uma realidade em todo o Brasil.”

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