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3,0%. Essa é a previsão do IBEF/SP – Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo – para a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2004. A taxa de crescimento do PIB reflete o desenvolvimento do país e, conseqüentemente, o seu potencial para o aumento da produção e geração de empregos.
Para Fernando Pinto de Moura, diretor-geral do Banco Alfa e um dos homenageados como Destaque IBEF 2003 durante o prêmio “Executivo de Finanças do Ano”, que aconteceu no final de novembro em São Paulo, na sede da entidade, 3,0% é um crescimento insuficiente. “O ideal seria algo em torno de 4,5%, que possibilitaria o fortalecimento da economia, o pagamento de impostos e a geração de mais empregos”, pondera.
O governo estima em 0,92% o crescimento do Produto Interno Bruto em 2003, enquanto que o mercado prevê um crescimento de 0,66%. A projeção tem por base o reaquecimento da economia, que resultou numa elevação de 4,3% na produção industrial em setembro.
Os especialistas em mercado e o governo já adiantaram que a abertura de novos postos de trabalho deve ficar mesmo para o segundo semestre, mas preferem não falar em números por enquanto. “Estamos confiantes na recuperação da economia americana. Se eles continuarem no ritmo atual, 2004 será um ano muito bom, e o Brasil deve seguir esta tendência”, afirma Elaine Saad, sócia-diretora da consultoria Right-Saad-Fellipelli.
A economia dos Estados Unidos registrou no terceiro trimestre um crescimento de 7,2%, o maior em quase 20 anos, alavancado por aumento no consumo e por elevação nos investimentos das empresas. O desempenho foi o melhor desde o primeiro trimestre de 1984, quando a economia cresceu 9,0%.
Segundo nota publicada em novembro pela Agência Brasil, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Guido Mantega, anunciou que o Plano Plurianual de Investimentos (PPA) para o período de 2004 a 2007 prevê um crescimento acumulado de 18,1% do Produto Interno Bruto, percentual capaz, segundo o governo, de criar 7,8 milhões de empregos. Com isso, segundo ele, será resolvida “uma questão crucial da economia brasileira, que tem o nível de desemprego elevado”. Para a taxa de inflação, o ministro prevê estabilização em 9,1% neste ano e 4,0% para 2007.
A desculpa de que 2004 é um ano político, o que dificultaria a aprovação das reformas que faltam e impediria o desenvolvimento, não é pertinente. Esta é a opinião de Regina Helena Jorge Nunes, presidente da agência de classificação de risco Standard & Poors, também uma das contempladas como Destaque IBEF 2003. “Temos ano político a cada dois anos, se o Brasil começar a viver pela política o tempo todo vai voltar a ser o País que era nos anos 80”.
Sobre as reformas, a executiva acha que já estava mais do que na hora delas acontecerem: “O Brasil passou oito anos esperando por essas reformas e felizmente elas entraram na agenda em abril de 2003”. Apesar de tudo, o cenário é muito positivo. Regina acredita que a reforma tributária vai possibilitar a geração de empregos e o Brasil segue em um rumo estável. “Não tem nada que possa mudar as coisas para pior em um curto espaço de tempo”, analisa ela.

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