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Em seu livro “Inteligência emocional no trabalho” o psicólogo Hendrie Weisinger, um dos maiores estudiosos da área, define inteligência emocional como “simplesmente o uso inteligente das emoções – isto é, fazer intencionalmente com que suas emoções trabalhem a seu favor, usando-as como uma ajuda para ditar seu comportamento e seu raciocínio de maneira a aperfeiçoar seus resultados”.
Pode parecer complicado, mas controlar as emoções a fim de que projetos sejam direcionados para o resultado almejado não é algo tão difícil, mesmo levando em consideração um mercado veloz, competitivo e de incertezas somado aos diferentes valores de cada indivíduo nas organizações.
Isso porque a inteligência emocional – ao contrário do coeficiente de inteligência (Q.I.) e de outras medidas de inteligência tradicionais – pode ser desenvolvida e aumentada. “A inteligência emocional pode ser trabalhada com exercícios de autoconsciência, por meio dos quais é possível desenvolver a capacidade de reconhecer as emoções mais positivas, como a empatia, e de lidar com os conflitos internos”, diz Deroní Sabbi, psicólogo com atuação clínica e organizacional.
Por essas e outras razões, técnicas para se chegar à excelência na vida e no trabalho expandem-se no mundo corporativo. Programação Neurolinguística, Coaching e outros treinamentos que visam principalmente o autoconhecimento são cada vez mais buscados por profissionais que querem melhorar seu relacionamento intrapessoal e com os outros.
Importância na Vida Profissional
Para quem ainda acha que o fator emocional não tem peso decisivo na carreira, Sabbi atesta que a falta de controle emocional no trabalho gera conflitos, falta de motivação e interfere nos resultados propostos. Em seus estudos, Weisinger confirma por meio de exemplos reais que profissionais podem ter suas carreiras prejudicadas se não souberem lidar com as emoções no ambiente organizacional.
Ironicamente, o domínio da emoção ganhou importância nas empresas com a automação das atividades. Segundo Sabbi a internet parece comunicar, porém é uma ferramenta de baixa qualidade nesse quesito. Para ele, a falta da comunicação cara a cara e os maus hábitos alimentares influenciam no modo como as pessoas lidam com as suas emoções.
Para se ter uma ideia da relevância do tema diante do cenário mercadológico atual, em sua obra Weisinger discorre que a inteligência emocional possui componentes que desenvolvem a capacidade de: a) perceber, avaliar e expressar corretamente a emoção; b) gerar ou ter acesso a sentimentos quando eles puderem facilitar sua compreensão de si mesmo ou de outrem; c) compreender as emoções e o conhecimento derivado delas e d) controlar as próprias emoções para promover o crescimento emocional e intelectual.
Além disso, saber usar as emoções favorece as relações com a equipe de trabalho. Não à toa os conceitos da inteligência emocional de um modo geral são bastante conhecidos e utilizados por profissionais que ocupam cargos de liderança. Assim, a finalidade de sua aplicação é também a de ajudar outras pessoas a se ajudarem. O emprego de seus componentes “agrega pessoas e as ensinam a lidar adequadamente com os feedbacks, a desenvolver a capacidade de comunicação e negociação”, diz Sabbi. Portanto, quando você estiver no trabalho e ouvir dizer “no final tudo deu certo” ou “deu tudo errado”, saiba: certamente a inteligência emocional foi uma das culpadas pelo resultado.
Fonte: Livro: Inteligência emocional no trabalho, Hendrie Weisinger, Editora Objetiva.

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