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Mas vale o alerta para que façamos florescer nossos projetos para este ano. Sob o risco de deixá-los morrer ou revê-los na agenda do ano que vem.
Nunca me esqueci dessa frase, escrita junto à foto de uma flor na décima folha de um calendário.
No hemisfério sul, faz sentido: a primavera já explodiu e as flores que não desabrocharam correm de fato o risco de morrer.
E nós?
Na minha adolescência, meus colegas e eu costumávamos chamar outubro de o mês do desespero escolar. Havíamos passado o ano todo “na flauta”, chegara o momento de levar a escola a sério.
E depois da escola, será que esta sensação mudou? Nas empresas, aproxima-se a hora das avaliações, ponderações, planejamento.
E, principalmente, a hora de fazermos o que havíamos planejado e não conseguimos realizar. Chegamos à cruel realidade: por mais que tenhamos nos esforçado, parte dos nossos planos pode ter sido deixada de lado.
Pior: já que o clima de “agora ou nunca” é geral, todo prestador de serviços, seja ele um funcionário de uma empresa ou um consultor externo, está ocupado, atendendo às demandas de suas áreas ou de seus clientes.
E as nossas demandas pessoais? Vamos mais uma vez sucumbir ou vamos finalmente nos permitir ler aquele livro, ir ao dentista, levar aquele papo com o chefe?
Talvez devêssemos nos deixar influenciar pelo Calendário Judaico, no qual o ano começa agora. As celebrações sugerem um período de revisão dos sonhos e avaliação de nosso comportamento e culminam com um Dia do Perdão.
E se perdoássemos nossa extrema ambição, alimentada pelo pique do início do ano?
Poderíamos reler nossos planos com um olhar benevolente e escolheríamos apenas um de nossos projetos.
Ele seria de cunho profissional ou pessoal, não importa, desde que fosse uma ação pró-ativa, que só dependesse de nós. Poderia ser o mais fácil, o mais importante ou o mais gostoso de realizar, desde que fosse aquele que realmente catalisasse nossas energias.
Está difícil falar em energia em outubro? Mas trata-se apenas de uma arrancada final, pois Natal e férias já estão a caminho.
Ou tu brotas ou tu morres… soa ameaçador e radical. Mas vale o alerta para que façamos florescer nossos projetos para este ano. Sob o risco de deixá-los morrer ou revê-los na agenda do ano que vem.

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