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Valéria Ritis – Coluna
 
À medida que só enxergamos o nosso próprio ego, não conseguimos reparar no outro. Se não reparamos no outro, não o vemos e talvez o máximo que consigamos, é expiá-lo. Quando expiamos, normalmente criticamos. Vemos neles os defeitos que possivelmente seriam nossos. Pensamos que somos melhores que o outro, mais inteligente, mais bonito, que merecemos mais. Se atingirmos os nossos interesses, a companhia terá um funcionário satisfeito. Estaremos satisfeitos. À medida que o nosso ego nos supre, pouco nos importamos com as relações que não estejam ligadas aos nossos interesses. Pulamos de barco em barco, se este estiver afundando, ajudaremos a afundar ainda mais e partiremos pra outro que dê novas possibilidades.
Pensamos que como humanos, queremos salvar a nossa pele. Queremos nos relacionar com os fortes, não importa seu caráter, ética. Eles poderão ajudar a subir os degraus, ou melhor, escadas rolantes… melhor ainda, poderão nos colocar diretamente no topo “Quanto mais aprofundo meu trabalho de Coaching me convenço que, por mais que se fale em liderança, gestão de pessoas, resiliência, identificação e potencialização de competências, teoria “U”, BSC, pensamento sistêmico e estratégico, etc, etc, etc, a “ervilha no colchão” está no ego e relacionamento,” relata a Executive e Life Coach Valéria Ritis.
Falando em teorias, de 100% dos que se dizem líderes, quantos realmente o são? Quantos realmente entregam-se desprendidamente ao exercício pleno da liderança? Dos gestores que deveriam saber dar e receber feedback, quantos estão preparados e o fazem com dignidade e respeito ao ser humano que está diante de si? Quantos seguem um planejamento estratégico até o final, sem que seja imposto pelo “conselho”? Se agirmos de acordo com teorias, a maioria em volta “estranhará”, então mantemos o padrão. Não podemos destoar do grupo. Se destoarmos, talvez não sejamos aceitos. E desta forma alimentamos e retroalimentos o ciclo que estagna gerado a partir da zona de conforto em comum. Não alteramos o padrão e ninguém também altera. Mantemos nossas relações superficiais em prol de nós mesmos e as teorias ficarão impressas nas páginas dos livros.
A empresa atingirá seus resultados. Pelo menos neste ano. Ano que vem já não sei. Nem sabemos se o profissional estará nesta empresa. Ele teve bons contatos com os diretores. Ele precisa fazer o seu network, afinal um deles poderá indicá-lo à cadeira de diretoria numa outra empresa… ou seria “firma”?
Valéria Ritis é Coach certificada pelo ICI – International Coaching Institute. Graduada em Administração de Empresas, atua há mais de 18 anos em Recursos Humanos. Tem formação em PNL e pós-graduação em Gestão de Pessoas pela Escola Superior de Administração de Negócios

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