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De acordo com uma pesquisa realizada em 2003 pelo Gartner Group, os gastos com TI vão ultrapassar 8% das receitas das empresas até o ano de 2006. É pouco, mas já é um avanço se considerarmos que 2003 foi um ano com poucos investimentos na área.
O profissional que quiser aproveitar esse crescimento e garantir seu espaço nesse mercado tão disputado precisa buscar uma especialização, através dos cursos, pós-graduações e certificações de cada área. “A velocidade das atualizações em TI é maior do que em qualquer outra. É necessário estar sempre a par das novidades, dos novos programas, linguagens e certificações. Além disso, não adianta ser formado pelo melhor curso de tecnologia do país, tem que aproveitá-lo”, alerta Marcos Vono, do IBTA, Instituto Brasileiro de Tecnologia Avançada.
Mas como escolher entre tantas opções de especialização? Quais são os setores mais promissores? Marcos explica que, “mesmo com a instabilidade do mercado e a rapidez com que os treinamentos ficam obsoletos, é possível listar algumas áreas que vão continuar precisando de profissionais, porque são mercados maiores, que demandam mais informações e, portanto, mais funcionários”.
“Em longo prazo, Telecomunicações será a área de maior crescimento no Brasil, os programas de governo eletrônico vão alimentar o crescimento da indústria de TI na área pública e o País continuará atraindo fornecedores de soluções”. Estas são algumas tendências de investimento apontadas em artigo publicado recentemente pelo site Webinsider. O artigo lista ainda os sites B2B e as aplicações de portais corporativos, os sistemas de ERP e a integração com toda a empresa, além das aplicações CRM, que visam um melhor relacionamento com o cliente.
De acordo com Goiamy Filho, gerente de TI da Telecon Consultoria e Treinamento, empresa especializada em treinamento Cisco e Nokia no Brasil, a grande aposta de 2004 é a tecnologia convergente, que agrega voz, dados e vídeo em uma única rede. “As operadoras estão barateando cada vez mais a operação e a estrutura dos aparelhos, a tendência é que eles sejam cada vez mais utilizados”. Pesquisa do Yankee Group também apontou a convergência de dados e voz na mesma rede como tendência de investimento.
Em reportagem publicada recentemente no site IDG Now, André Miyajima, analista sênior do Yankee Group para a América Latina, afirmou que para que isso aconteça mesmo, é preciso, por exemplo, investir na estrutura de banda larga. Ele destacou ainda que muitas das novas iniciativas estão baseadas em segurança e custos. São esses fatores que levam o trabalho a apontar forte tendência de investimentos em VPN IP (Virtual Private Network – rede privada virtual compartilhada com protocolo IP), por exemplo. “VPN IP, aplicações de telefonia IP e software de gerenciamento de rede são tendências para 2004”, concluiu o analista sênior.
Da mesma forma, outra área que vem sendo tratada como a “queridinha do mercado” é a de segurança. Cada vez mais as empresas estão investindo na segurança dos sistemas a serem criados. Ainda é tudo básico, mas a tendência é que as organizações, principalmente os bancos, comecem a dedicar uma parte dos seus investimentos a políticas de segurança mais estruturadas e complexas.
Trabalhar com banco de dados, apesar de já ter sido mais interessante, ainda é uma ótima opção. O administrador de banco de dados precisa conhecer lógica de programação visual e conceitos de bancos de dados mySQL, SQL Server, Oracle, entre outros. É um profissional fundamental na administração do crescente volume de dados corporativos, assim como o especialista em mainframe, que gerencia volumes de dados gigantescos em bancos e órgãos do Estado. “É uma carreira instável e restrita a alguns setores, mas que sempre vai ter demanda de profissionais”, analisa Marcos Vono.
Confira outros destaques da área de Tecnologia:
Especialista em vendas consultivas: Este profissional deve conhecer muito do mercado em que a empresa atua, pois será responsável pela venda de soluções de negócio para os clientes. Deve possuir as habilidades do vendedor (saber se comunicar, entreter e persuadir o cliente), mas também possuir conhecimento avançado de TI e do produto em si. “Precisamos cada vez mais de homens de TI que sabem fazer negócio”, diz Carlos Motti, diretor da SondaImarés, especializada em soluções de infra-estrutura e gestão de negócios.
Engenheiro/ Gerente de Produtos: O produto na área de TI deixa de ser um simples software ou hardware – passa a ser uma solução, que agrega valor ao negócio da empresa. Por isso é que desenhar um produto requer um profissional muito qualificado, que tenha visão de mercado. O engenheiro de produto também pode trabalhar com Telecomunicações, desenhando novas opções de aparelhos e tecnologias.
Desenvolvedor de sistemas: Neste caso, o profissional pode desenvolver um sistema único na empresa – ou mesmo comprar uma solução terceirizada. Especialistas indicam que é melhor optar por um sistema amigável – que possa se comunicar com toda a empresa. “O profissional tem que ser absolutamente eficiente para identificar qual é o melhor sistema para a sua empresa. Nem sempre o mais caro é o melhor”, opina Marcos Vono, do IBTA. Não podemos esquecer das plataformas móveis: hoje, o quente são as linguagens Java e DotNet.
Administrador de ambiente: Este é o profissional que garante a excelência operacional da empresa. Ele não responde apenas pela área de TI, mas por todos os ativos gerenciáveis da organização. É uma função nova, na hierarquia fica acima do administrador de rede e no mesmo nível do administrador de contratos.
Administrador de contratos: Será responsável por gerenciar as relações de compra e venda de sistemas e aplicações de TI. A função se justifica porque nesta área tudo pode ser “terceirizável”, do webmaster ao administrador de banco de dados.
Gerente de Projetos: “As empresas são formadas por processos, serviços e projetos”, garante Carlos Motti, diretor da SondaImarés. Segundo ele, a função vem ganhando espaço e seu impacto na organização é muito grande, já que o profissional é responsável por entregar o projeto no tempo certo e de acordo com a solicitação do cliente, seja ele interno ou terceirizado. Deve dirigir e coordenar as atividades das equipes de análise no que diz respeito às necessidades de sistemas informatizados a serem implantados.
Gerente de TI: É responsável pela elaboração de projetos, racionalização e redesenho de processos e ainda responde pelo dia-a-dia da manutenção dos sistemas. Os gerentes e diretores de TI vivem hoje uma realidade difícil, com novas pressões de negócios. “Há pressão por resultados em uma área onde até bem pouco tempo atrás isso não era problema. O volume de atividades aumenta, é preciso responder à competição global em um ambiente em constante mudança. Ao mesmo tempo, é preciso lidar com o sistema e as deficiências organizacionais. Enfim, é necessário enxergar tudo isso para manter a tecnologia de informação caminhando em sintonia com os negócios da empresa”.

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