Uma pesquisa rápida sobre a origem da palavra “trabalho” revelou algo (quase) inacreditável. Descobri que a origem desta palavra deriva do latim “tripalium“, um instrumento de tortura (!), de modo que “trabalhar” significava nada mais, nada menos, que “ser torturado”.
Ao longo dos anos, a palavra expandiu seu significado até representar o que chamamos hoje de atividade profissional. Porém, infelizmente, muitas pessoas ainda consideram “trabalhar” uma grande tortura, um mal necessário, ou seja, um doloroso dever.
Para refletir sobre isso, apresento um plebiscito da Suíça que me chamou a atenção. Estava em votação uma lei que daria a todos os cidadãos suíços um rendimento mensal considerável independente de qualquer trabalho.
A população votou contra, mas uma discussão interessante ficou no ar: o paradigma que associa renda e trabalho. Sem entrar em maiores discussões, para simplificar, aqui fica o questionamento: você se candidataria para a vaga XYZ, se não precisasse do dinheiro? Continuaria a fazer o que está fazendo?
Foto: Reprodução
Pode parecer estranho, mas a maioria das pessoas nem consegue imaginar o que faria se não precisasse trabalhar para obter renda. E tal dificuldade, na minha opinião, é a fonte da dor de se dedicar doze, quatorze, dezesseis horas do seu dia com o único exclusivo objetivo de gerar renda e nada mais.
E isso não é uma mera coincidência. Na verdade, quando jovens, sofremos para encontrar exemplos e modelos de uma outra realidade, em que o trabalho é visto com satisfação e realização, em que o dinheiro é consequência de algo feito com alegria e propósito.
Não somos estimulados a cultivar e amadurecer uma visão de qual será a nossa contribuição para a sociedade com a qual esperamos receber em troca o que nos serve para viver.
Se fosse diferente, e pode ser, depende só de você. Passaríamos menos tempo tentando nos encaixar na profissão do momento e teríamos como prioridade reconhecer e desenvolver nossos talentos individuais.
Então, o instrumento na mão do torturador tem nome: preguiça. Ser torturado profissionalmente é resultado de não termos dedicado tempo suficiente para nós mesmos, para o que desejamos realmente realizar nesta vida curta. Delegamos nosso destino profissional aos chefes, aos rótulos, aos nossos pais… Basta!
Busque o que te faz feliz… Ainda é tempo.
Gratidão!
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