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por Camila Micheletti
“Invista em você. Deixe de fazer algumas coisas agradáveis hoje, em nome dos estudos e do seu crescimento profissional. Com certeza você será recompensado no futuro, quando terá tempo para fazer tudo o que sempre quis”. Esta é a dica de Paulo Kretly, Presidente daFranklinCovey Brasil, consultoria que realiza treinamentos sobre motivação, produtividade, comunicação, administração do tempo e liderança para empresas de todo o mundo.
Quanto antes você começar a planejar o seu futuro, melhor, certo? E esse planejamento deve incluir uma lista de prioridades, que deve constar cursos, networking e marketing pessoal, além do cuidado e dedicação com a sua vida pessoal também. Para gerenciar essas e muitas outras atividades de forma eficaz, o guru Stephen Covey indica uma ferramenta poderosa, mas muito pouco utilizada pelos profissionais: a administração do tempo.
Para determinar suas prioridades e gerenciar melhor o seu trabalho e sua vida, Paulo lança as questões: “O que mais importa? O que eu desejo atingir, pessoal ou profissionalmente? Quais são os resultados que estou buscando? Ou, para ir ainda mais fundo, faça esta pergunta vital: no meu enterro, o que espero que seja dito a meu respeito? Que tipo de pessoa eu terei sido? O que eu valorizei? Que contribuições prestei?”
A administração do tempo é realmente difícil de ser conseguida nos dias de hoje, e boa parte dessa dificuldade ocorre em virtude do excesso de informação que vivemos hoje – e-mail, telefone, jornais, livros, revistas, TV, celular… é realmente muita coisa, mas quanta dessa informação é realmente útil e vale a pena ser fixada em nossas mentes? Para responder esta pergunta, basta pensar um pouco em tudo que você leu, ouviu e recebeu de infgormação no dia anterior. O que você ainda lembra? Com certeza, resta muita pouca informação, justamente porque muita coisa era descartável e não foi encarado como “conhecimento” para você.
No livro “Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes” Stephen Covey coloca o que acredita ser os príncipios da vida efetiva, qualidades imutáveis como responsabilidade, integridade, respeito e compreensão mútua. Esses princípios são tão válidos hoje quanto o eram em 1989, quando o livro foi publicado pela primeira vez.
“Sofremos hoje, porém, mais pressão na vida pessoal e profissional do que há uma década. Atribuo isso em parte à tecnologia, que tem acelerado nosso passo – além de nos separar, em vez de nos aproximar”, afirmou Stephen em um artigo. Por isso, é pertinente refletir sobre os sete hábitos sob o ponto de vista dos novos desafios do mundo tecnológico. Confira as considerações que Stephen faz em cada um deles:
1) Seja proativo. Com freqüência nos sentimos vítimas da tecnologia – e-mail, pagers, celulares, fax. Tornamo-nos escravos dela. A próxima vez que receber um e-mail, porém, considere como você pode gerenciar a tecnologia em sua vida. Podemos decidir, por exemplo, realizar trabalhos mais importantes e criativos nas primeiras horas da manhã, deixando para responder mensagens ao longo do dia. Você pode ainda avisar seus amigos que não responderá mensagens até uma determinada hora do dia. Em casa, desencoraje ligações sobre trabalho e dê mais atenção a família.
2) Comece tendo seus objetivos em mente. Pergunte-se “O que eu quero escrito em meu túmulo quando morrer? O que dá direção e significado à minha vida? Estou fazendo alguma coisa para atingi-los?” Muitas pessoas decidem não só ter uma lista de objetivos pessoais como também ma que inclua a família. A tecnologia pode facilitar essa tarefa porque torna a comunicação mais fácil entre as pessoas distantes. Saber das novidades via e-mail é uma ótima forma de não perder contato com quem está longe. Parentes podem usar serviços de mensagem instantânea – ICQ, entre outros – para se comunicar com mais facilidade.
3) Ponha em primeiro lugar as coisas mais importantes. Sentimo-nos compelidos a parar tudo para atender um telefone.O problema é que, geralmente, essas interrupções muitas vezes são inúteis. A tecnologia pode nos ajudar a organizar a vida e nos manter atualizados com nossos compromissos.
4) Pense em vencer em conjunto. Lembre-se de que a tecnologia pode fazer a comuncação mais eficiente – mas não necessariamente mais efetiva. Para construir relacionamentos de alta qualidade, é importante manter contatos com as pessoas. A segunda melhor alternativa é conversar por telefone. Só em seguida vêm o e-mail e as mensagens de voz.
5) Procure primeiro compreeender e, então, ser compreendido. Aprenda a ouvir. Se você conhece tecnologia profundamente, não seja intransigente com aqueles que têm dificuldade no assunto. Você vai estar se distanciando das pessoas. Ajude-as a aprender.
6) Crie sinergias. Quando as pessoas não podem se reunir pessoalmente para resolver um problema, video-conferência e mensagens instanâneas permitem que elas interajam em tempo real. Para as famílias, é possível fazer a mesma coisa usando sites que oferecem fóruns seguros e privados onde podem conversar, colocar avisos e agendar festas.
7) Mantenha-se afiado. O mau uso da tecnologia geralmente significa perder contato com a natureza. Por isso, de vez em quando dê um tempo do computador e do celular para um passeio em algum parque.
De todos os hábitos citados acima, Paulo Kretly coloca o de número 5 como o mais desafiador. “Para praticar esse hábito você precisa se colocar no lugar da outra pessoa, ser humilde para admitir que errou e, acima de tudo, aprender a ouvir mais e falar menos”, conclui ele.
 
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