Rodeados por pressões e insatisfações que partem de todos os lados, os líderes estão suscetíveis a erros constantes, seja na condução estratégica de um projeto, seja na gestão de pessoas.
Mas, ter um chefe confiável não é importante apenas para ser feliz no emprego: ele também garante uma perspectiva de crescimento na sua carreira.
A ficção traz exemplos positivos nesse sentido. Conheça 4 chefes do mundo do cinema que driblam suas próprias fraquezas e conseguem estabelecer uma relação de cumplicidade com seus liderados:
PHILIPPE, DE “INTOCÁVEIS”
Sinopse: O senegalês Driss (Omar Sy) vai trabalhar como cuidador do rico Philippe (François Cluzet), que ficou tetraplégico após um grave acidente. Não demora para que a postura rígida do milionário se choque com a personalidade irreverente do enfermeiro. Com o tempo, um forte laço de amizade começa a se delinear entre os dois.
Por que é um chefe tão incrível? Relativamente frio e distante com seus funcionários, Philippe passa por um processo de transformação após o contato com Driss. Com o tempo, torna-se mais humilde e divertido. Essa capacidade de abertura é rara e preciosa, afirma Camargo, e deve servir como exemplo para qualquer líder. Outra lição trazida pelo personagem é a importância de cultivar amizades com os liderados. “Não é apenas o caso de chamar o seu subordinado para um café ou happy hour, mas realmente estabelecer uma relação de cumplicidade com ele”, explica o consultor.
M, DE “007 – OPERAÇÃO SKYFALL”
Sinopse: O agente secreto James Bond (Daniel Craig) e sua chefe M (Judi Dench) trabalham juntos para evitar que um HD repleto de informações confidenciais seja roubado. O laço de confiança entre os dois será testado por situações que colocarão suas vidas em risco.
Por que é uma chefe tão incrível? Presente em outros filmes da série 007, M é uma chefe que consegue exercer autoridade sem ser autoritária. “Em alguns momentos ela mostra uma faceta de ‘mãezona’, mas sabe ser firme”, diz Camargo. O caráter da diretora do serviço secreto britânico também reflete a importância da maturidade e da senioridade para um líder. “Como já viveu muita coisa, ela consegue trazer segurança para a equipe”, comenta o especialista.
IRENE HASTINGS, DE “O SEGREDO DOS SEUS OLHOS”
Sinopse: Benjamín Esposito (Ricardo Darín) trabalha no departamento de Justiça Penal em Buenos Aires, nos anos 1970, investiga um crime brutal. Para conseguir encurralar o principal suspeito, ele conta com o apoio valioso de sua chefe direta, Irene Hastings (Soledad Villamil), por quem alimenta uma paixão platônica.
Por que é uma chefe tão incrível? Irene vai na contramão das outras autoridades, que preferiam fazer “vistas grossas” ao crime, e permite que sua equipe dê seguimento ao trabalho de investigação. “Ela é muito dura, mas joga junto com o time”, diz Rodrigo Camargo, consultor de recrutamento de executivos. Num momento decisivo da trama, Irene se arrisca pessoalmente para desmascarar o criminoso. “Quando é necessário, ela sai um pouco do papel de gestora e ajuda a equipe a atingir seu objetivo”, explica Camargo.
JULES OSTIN, DE “UM SENHOR ESTAGIÁRIO”
Sinopse: Jules (Anne Hathaway) é a fundadora e diretora de um site de e-commerce que emprega mais de 200 pessoas. Sua rotina muda bruscamente com a chegada de Ben (Robert De Niro), um viúvo de 70 anos que se oferece para trabalhar como estagiário “sênior” em sua empresa.
Por que é uma chefe tão incrível? A convivência entre Jules e seu estagiário septuagenário é marcada por um inevitável choque de gerações. “Ela é jovem e agitada, então trabalhar num outro ritmo com uma pessoa mais velha é difícil para ela”, explica Camargo. Sua postura, no entanto, não é preconceituosa: ela é capaz de escutar Ben e aprender habilidades novas com ele. Segundo o consultor, a liderança empática de Jules mostra que um gestor deve valorizar as diferenças que tem com seus próprios chefiados.
Chefes incríveis do mundo da ficção
Eles podem ser duros e exigentes, mas sabem como ficar ao lado de seus liderados para atingirem juntos bons resultados
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