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Outra noite eu estava assistindo a um filme, no qual a atriz disse uma frase que me fez pensar. Era mais ou menos assim: “É engraçado como uma coisa pode ser romântica quando ninguém sabe, e sórdida e cretina quando se torna pública”.
Nos anos 40, ela, moça de família aristocrática inglesa, apaixonada, entrava num belo hotel com seu amor. Tudo muito bonito, muito romântico, até que uma pessoa conhecida os viu. Pronto! Todo o romantismo foi embora! Quando surpreendida, ela ficou imaginando o que a outra pessoa iria pensar dela, sua reputação, o nome da família, etc.
E é assim mesmo, uma tórrida noite de amor se transforma em apenas mais um intercurso sexual, quando vista por terceiros. Todo o calor, toda a paixão, tudo se transmuta em apenas algo físico, instintivo.
E quantas vezes cada um de nós já não passou por este tipo de situação? Seja como protagonista, ou simplesmente ouvinte, quando contamos entusiasmados tudo que aconteceu na noite anterior e nosso receptor põe tudo nos seus devidos lugares, cada pingo no seu “i”. E toda nossa história de amor rola escada abaixo, e passa a ser vista apenas como mais uma historinha, como tantas outras, às vezes até barata.
É… o nosso grande romance, as nossas noites ardentes, devem ficar realmente entre quatro paredes, e não espalhadas como cinzas ao vento, que uma vez sopradas, perdem-se, e perdem todo seu encanto!
Discrição sobre a nossa vida pessoal, e sobretudo, sobre a nossa vida sexual, deve ser sempre regra na roda de amigos e, principalmente, na nossa vida profissional. Não se exponha, não conte demais sobre sua intimidade. Todo mundo tem um melhor amigo, de total e absoluta confiança, que pode vir a saber do que se passa com nossos outros amigos e, desta forma, aquilo que contamos para um amigo, acaba tornando-se público, pois um conta para outro e para outro e lá se vai nosso “segredo” sendo espalhado em projeção geométrica.
Quem fala demais sobre a própria vida, não se preserva. É pessoa na qual não podemos confiar, pois, quem não tem o instinto de autopreservação, não irá, de forma alguma, preservar os outros de comentários maledicentes.
Muitas vezes, esses comentários mais picantes a respeito de nossa intimidade, acabam por incentivar uma aproximação indesejável, e nos vemos às voltas com o assédio sexual, tão deplorável em qualquer relação, principalmente no ambiente profissional. Além de darmos margem a este tipo de acontecimento, damos também a brecha que o assediador buscava. E pior, perdemos a credibilidade junto aos superiores, já que temos o costume de contar aos quatro ventos, particularidades que deveriam ficar resguardadas. Isso fará com que ninguém acredite na possibilidade de um assédio da parte da outra pessoa.
Portanto, cuidado! Seja simpático, mas não entre em detalhes a respeito de sua intimidade. Preserve-se!

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