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Ele é o terceiro idioma mais falado no mundo, perde apenas para o mandarim, idioma da China, e para o Híndi, falado na Índia. Ao contrário do que muitos pensam, o espanhol é mais falado que o inglês por ser a língua materna de, aproximadamente, 330 milhões de pessoas e a segunda língua de outros 100 milhões ao redor do mundo, segundo o livro “The Ethnologue: languages of the world”.
O espanhol também é o idioma estrangeiro mais estudado na Europa e nos Estados Unidos, e um dos seis idiomas oficiais da ONU (Organização das Nações Unidas). No Brasil, único País do Mercosul cujo idioma oficial não é o espanhol, aqueles que dominam a língua podem se sobressair no mercado de trabalho até mesmo diante de quem tem inglês fluente. Por isso, especialistas recomendam começar a se dedicar ao aprendizado do idioma ainda na pré-adolescência.
De acordo com Vera Bianchini, coordenadora pedagógica do Fisk – Centro de Ensino, entender a língua espanhola para um brasileiro é relativamente fácil, principalmente a leitura e nas situações em que o nativo fala devagar. Mas a coordenadora ressalta que o contrário nem sempre ocorre. “Ainda que na escrita, certas palavras sejam iguais ou muito parecidas, a pronúncia do brasileiro é muito diferente e possui sons que não são conhecidos pelo nativo hispano-americano”, comenta.
Além disso, a semelhança com o português favorece o entendimento da língua estrangeira por um brasileiro, porém, é justamente isso que pode atrapalhar o aprendizado do espanhol. “Algumas pessoas costumam pensar que já conhecem o suficiente e não se dão conta de que estão falando em portunhol”.  Segundo Vera, dedicação é fundamental para aqueles que desejam aprender um idioma. “Além do curso, o ideal é utilizar o tempo fora da escola para aperfeiçoar os conhecimentos adquiridos em sala aula.”
Dificuldades nas conjugações verbais e na pronúncia são as mais comuns. A coordenadora pedagógica dá algumas dicas que podem diminuir essas barreiras:

  • É fundamental estar atento e conhecer bem os verbos, principalmente os irregulares;
  • Cuidado com as diferenças entre um tratamento formal e um informal. Em português, conjugamos o verbo em 3ª pessoa, tanto quando falamos utilizando o “você”, como quando utilizamos “o Sr. / a Srª.”. Em espanhol o verbo muda.
  • Preste atenção no emprego de “falsos amigos”. Essas palavras são comuns e geram certa confusão, pois parecem significar a mesma coisa em ambas as línguas, mas têm denotações distintas. Por exemplo, se um hispano-americano lhe disser que a comida está “exquisita”, ele estará elogiando a comida, e não o contrário;
  • Quanto à pronúncia, alguns sons são difíceis para o brasileiro produzir, como os das letras “t” e “d” seguidas das vocais “e” ou “i”. Outros, não existem em espanhol, como os sons nasais e o das letras “z” ou “s” (quando está entre vogais).

Vocabulário: dominar o vocabulário exige memorização. No caso do espanhol, há palavras parecidas, mas com significado ou grafia bem diferentes. É fundamental que o estudo do conteúdo seja gradativo para garantir a assimilação das palavras. Estude o vocabulário de 5 a 10 minutos por vez, mas faça 3 ou 4 vezes por dia.  Uma boa maneira é preparar “post-its” (dez no máximo) com uma palavra em espanhol de um lado e sua tradução do outro e carregá-los no bolso ou na bolsa para ler em momentos ociosos (no trânsito, na fila do supermercado etc).  Substitua as palavras memorizadas, mas retorne-as ao “monte” de vez em quando para ter certeza de que não as esqueceu.  Não deixe para tentar memorizar 200 palavras de uma vez antes de um teste.
Gramática: As conjugações dos verbos irregulares causam muita confusão aos brasileiros.  Assim como acontece com vocabulário, para usá-los com naturalidade, a repetição é essencial e, com relação à gramática, escrever é igualmente importante.  Escreva as conjugações várias vezes e faça os exercícios do livro.  Uma dica é consultar testes e exercícios disponíveis na internet, as tarefas online podem se tornar mais atraente.
Leitura e Compreensão Auditiva: Use e abuse da internet para ler em espanhol, notícias, piadas, textos técnicos ou de ficção, enfim, o que você se interessar.  Observe como tempos verbais, preposições ou expressões são empregados e associe àquilo que você aprendeu no curso. Entender o espanhol escrito e falado (desde que devagar) não é tão difícil para um brasileiro e é por isso que o aluno deve desenvolver o hábito de ler e ouvir o idioma regularmente para que as habilidades de escrita e de conversação, a pronúncia e a memorização de vocabulário sejam fortalecidas e expandidas. Ao assistir a um DVD, selecione o áudio, ou pelo menos a legenda, para espanhol e associe o que está ouvindo ao que está lendo. Tome nota de algumas palavras ou expressões e procure utilizá-las nas próximas produções escritas ou orais. Também selecione o idioma espanhol ao assistir a programas na TV a cabo e preste bastante atenção à pronúncia e à entonação dos falantes nativos.
Conversação: Falar em espanhol fora da sala de aula não é uma prática comum a muitos brasileiros. O ideal é se forçar a essa pratica, mesmo que “artificialmente”.  Uma ideia é fazer ligações diárias a um colega de curso e utilizar somente o idioma no diálogo. Pense em espanhol e fale consigo mesmo no idioma, pode parecer estranho, mas é uma prática extremamente útil.  Por fim, procure frequentar salas de bate-papo com falantes nativos do idioma.
Quem é a Fisk
O Centro de Ensino Fisk possui 500 mil alunos distribuídos em mil escolas, sendo 31 próprias, utilizadas como modelos da aplicação de sua metodologia, 105 no exterior e 864 franqueadas. O grupo opera em seis países: Brasil, Argentina, Angola, Estados Unidos, Japão e Paraguai. Há mais de 50 anos a instituição vem aprimorando e inovando o ensino de idiomas, com cursos de inglês para adultos e crianças a partir dos quatro anos de idade e cursos de espanhol para um público acima dos 13 anos. Desde julho de 2008, oferece cursos de português para brasileiros e informática, operando como um centro de ensino e não apenas uma escola focada no aprendizado de línguas estrangeiras.

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