Existem profissionais que desde muito cedo já sabiam que destino desejariam dar à sua carreira. É o caso da empresária Beth Pimenta, presidente da Água de Cheiro. Ela começou a construir sua empresa logo depois de se formar em história e fazer especialização na Espanha. Nascida no interior de Minas Gerais, esta empreendora, filha mais velha de um total de dez irmãos, mesmo pertencendo a uma tradicional família mineira, montou a rede de perfumaria com suas próprias pernas.
A primeira loja tinha 17 metros quadrados, e foi decorada com móveis antigos, lembrando uma “casa de vovó”. Quando o negócio começou a crescer, Beth montou uma distribuidora para espalhar a marca pelo Brasil. “Me lembro até hoje que as pessoas chegavam na empresa, olhavam para mim – baixinha e jovem – e pediam para falar com a ‘dona Beth Pimenta’. Ninguém imaginava que fosse eu”, relembra a empresária.
Para manter a imagem da marca, ela fez algumas exigências: todas as lojas deveriam manter os mesmos preços e começar com um determinado pedido. Tudo isso em 1980. “Comecei a implantar o franchising instintivamente, quando ninguém no Brasil havia ouvido falar nisso”.
Esta visão vanguardista também segue Beth no seu lado familiar. “Acho que os homens, até hoje, não gostam de ter uma esposa tão independente e autoritária. Eles sempre querem cortar nossas ‘asinhas’, por causa da cultura milenar machista”, analisa a empresária, atualmente no segundo casamento.
Segundo ela, quando senta-se em uma mesa de reunião, assume o papel de empresária – não importa se branca, negra, mulher, homem, gay, seja o que for. Para Beth, o importante é as pessoas fazerem um bom trabalho, independentemente de suas diferenças sociais, étnicas ou sexuais.
Quanto ao futuro, a executiva filosofa: “Meu pai já falava para sempre olhar para o sol, porque se você não alcançá-lo, vai pelo menos alcançar o horizonte.”
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