Carreiras | Empregos

O papel de vítima tem lá suas vantagens. Veja só: como vítima você gera simpatia. A Dna. Ana do cafézinho vai sempre servi-lo primeiro, por exemplo. Você dificilmente será lembrado para realizar tarefas importantes, porque vítimas não costumam ser eficientes, mas pense bem, até isso pode ser uma vantagem. Já pensou que delícia? Com exceção das pessoas caridosas, todos os demais vão se esquecer de você.
Outra coisa: vítimas nunca são responsáveis por nada. Pode ser a conjuntura, a concorrência, o chefe. E mesmo se você foi vítima de uma dor de barriga, em princípio, você não tem nada a ver com isso.
Dá até para manipular alguns incautos. Quem sabe se aquela selecionadora de pessoal não vai ficar com pena de você, que não estudou porque estava esgotado de tanto trabalhar?
Não acredite nessas balelas do tipo: “as empresas precisam de pessoas que resolvam situações, não que justifiquem seus erros”. Você sempre vai encontrar alguém com o coração mole para deixá-lo sossegado.
Quer cultivar seu papel de vítima? Então não se esqueça:
Esteja cercado de outras vítimas – Já reparou como é gostoso quando duas ou mais vítimas se encontram? A conversa rapidamente cai sobre os culpados. Esse papo gera um alívio tão grande…
Cultive mágoas e rancores – Lembre-se sempre do mal que lhe fizeram, aproveite para reforçar a sensação de impotência. Se, por exemplo, alguém roubou sua idéia, fique ressentido a ponto de não conseguir criar mais nada.
Amplie os problemas – A vítima é a pessoa que acredita que todos os problemas são maiores do que sua capacidade de solucioná-los. Viu que fácil? Transforme seus desafios em situações aterradoras, nem se lembre de suas habilidades ou de que pode se preparar ou pedir ajuda. Deixe que a dificuldade tenha o efeito de um gás paralisante. Alguém vai se compadecer e realizar suas tarefas. E caso essa pessoa acabe ocupando o seu cargo, você terá o resto da vida para se queixar.
Mostre como é coitado – Por exemplo, ao discutir salário, faça uma lista de suas necessidades pessoais. Diga que ajuda seu cunhado, que seu filho está louco para ter uma nova TV. Não mencione suas contribuições para a empresa, nem dê a entender que vai ser vantajoso para a empresa remunerá-lo bem.
Jamais assuma seus erros – Pessoas que assumem seus erros tendem a corrigi-los. Isso não serve para as vítimas. Ao culpar os outros ou as circunstâncias você estará demonstrando que em situações semelhantes agirá da mesma forma. Olha só que alivio para seus concorrentes!
Não se aprofunde em análises – As situações atuais são complexas. Dificilmente um problema tem uma única causa ou um erro tem um único culpado. Mas não faz mal: é chique ser vítima de uma capacidade de percepção reduzida . Dá sempre para dizer “Como é que eu ia saber?”
Evite dar sua opinião – Parta do princípio que ninguém vai levá-lo a sério. Considere também que contestar dá trabalho. Se você estava com a razão, vai poder gozar sozinho as delícias de dizer “eu sabia!”
Evite falar de seus sentimentos – Se algo o incomoda, fique na sua. Deixe a situação incomodá-lo até o martírio. Agora, culpar alguém por não ter adivinhado seus sentimentos já é demais!
Vítimas têm o poder de aborrecer pessoas, manipular familiares e prejudicar empresas. Mas nada se compara ao dano que uma vítima causa a si mesma. Cuidado!

Avalie:

Comentários 0 comentário

Os comentários estão desativados.