Um estudante, quando pensa em conseguir um lugar de destaque na carreira que pretende seguir, tem em mente como o “caminho das pedras” correto, pela ordem, o ensino fundamental, médio e superior. Mas se você não tem tempo, vontade ou principalmente dinheiro para seguir esta trilha à risca, saiba que os cursos técnicos ou profissionalizantes, são uma ótima alternativa para quem deseja entrar no mercado de trabalho mas não pode encarar uma faculdade, muito mais cara e extensa.
A importância do curso profissionalizante
O cameraman Alcines Ferreira Júnior já fez três cursos profissionalizantes ligados à sua área, além de muitos outros de atualização. “Se eu entrasse na faculdade, teria de fazer vários free-lancers para pagar a mensalidade, e acabaria faltando muito às aulas, exatamente por causa desses trabalhos”, explica.
Além disso, há pessoas que não vêem necessidade de investir no ensino superior. O contador Wagner de Oliveira trabalhava no escritório do seu pai quando era adolescente. Fez o colegial técnico em contabilidade e, apesar de tentar cursar uma faculdade de ciências contábeis, desistiu ainda no primeiro ano. Hoje toma conta dos negócios da família, tendo a prática como base para suas atividades.
Optar pela educação profissional também pode ser interessante se a p02essoa quer se especializar no seu setor, até mesmo depois do ensino superior formal. No entanto, cursos profissionalizantes não substituem uma universidade.
Segundo José Augusto Minarelli, presidente da empresa de outplacement Lens & Minarelli, em uma empresa há níveis para cada tipo de público – quem fez cursos técnicos e quem fez faculdade.
“É claro que o resultado obtido na carreira é proporcional ao investimento educacional que se faz, ou seja, quanto mais alto você for, mais amplo será o horizonte”, esclarece Minarelli.
O que mudou
A habilitação profissional técnica segue a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9394, de 20/12/96), como explica Francisco Cordão, assessor educacional do Senac-SP: “Hoje, o ensino médio é obrigatório a todos os estudantes, como forma de consolidar o ensino fundamental, diferente de antes, quando existiam cursos técnico de 2º grau.”
Isto quer dizer que se uma pessoa optar por um curso profissionalizante, deve procurar outras opções, como cursos ministrados pela própria escola ou por outras instituições. São três níveis de educação profissional, na legislação em vigor no Brasil:
- Básico: cursos destinados a trabalhadores jovens e adultos. Independem de escolaridade pré-estabelecida e têm por objetivo requalificar;
- Técnico: para jovens e adultos que estejam cursando ou tenham concluído o ensino médio, mas cuja titulação pressupõe a conclusão da educação básica de 11 anos;
- Tecnológico: que dá formação superior, tanto de graduação como de pós-graduação, a jovens e adultos.
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