Carreiras | Empregos

por Camila Micheletti

Ter experiência internacional pode ser uma proposta tentadora para a maioria dos profissionais, mas poucos são os que têm o perfil e as habilidades necessárias para entrar nessa empreitada.

Para Patrícia Pessoa, gerente de negócios da Gazetta Talent, consultoria deheadhunting, “o perfil é o mais cinco estrelas possível, o que chamamos de high-qualified. Isso porque se a concorrência aqui já é grande, imagine no exterior, onde o profissional competirá com profissionais do mundo todo”. Mas será que existe grande demanda por brasileiros no mercado internacional? A profissional define com apenas uma frase:”Países como Canadá, Austrália e Estados Unidos só faltam colocar uma faixa com os dizeres: Brazil, Welcome. A demanda é mesmo muito grande, e toda qualificação técnica é bem-vinda no exterior”, explica Patrícia.

Além de excelente nível técnico, o profissional deve ter fortes características de líder, como muita iniciativa e multifuncionalidade, ou seja, ter conhecimento amplo e atuar em várias frentes, como criar projetos, consolidar parcerias e formar equipes. Segundo Valéria Vironda, consultora da Career Center, consultoria de treinamento e seleção, a ida para o exterior pode partir da empresa, no caso de ser uma multinacional ou dependendo da atividade que você realiza. “É fundamental que o executivo mostre essa pré-disposição inclusive na hora de falar com o seu superior, deixando bem claro que deseja uma oportunidade no exterior e está pronto para esse desafio”. Caso contrário, não há como a empresa – principal meio para conseguir a oportunidade – saber que você tem esse interesse, não é mesmo?

Outro fator importante é o profissional ter uma posição intercambiável, ou seja, realizar atividades que possam ser aproveitadas em outro país. “Não há porque mandar um advogado trabalhista para o exterior, por exemplo, já que as leis mudam de país para país”, explica Valéria. A consultora alerta ainda para o fato de que, normalmente, o executivo não escolhe o local em que vai trabalhar. “Tudo depende dos países onde a empresa está instalada. Se a empresa tiver uma filial em Xangai, por exemplo, ele pode receber uma proposta para ir para lá, o que não parece uma opção interessante, pelo menos à primeira vista. Se ele recusar, a segunda chance já se torna mais difícil e se ele recusar novamente então, praticamente anula as possibilidades de receber uma proposta novamente”, alerta.

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