Segundo a Harvard Business Review, 7 segundos é o tempo médio que o recrutador leva para ler um currículo. Em um mercado de trabalho cada vez mais disputado, um currículo bem feito, além de agregar valor à sua candidatura, pode se tornar também uma vantagem competitiva.
Eline Kullock é especialista em carreiras e já avaliou milhares de currículos. Para ela, investir tempo na criação de um currículo é algo que dá retorno:

É preciso refletir sobre sua carreira e não só sobre seu CV. Tente pensar em como transmitir, clara e honestamente, que você absorveu coisas novas”, diz Eline em entrevista ao site Na prática.

ESTRUTURA

É tentador inovar no formato de um currículo. Mas, a não ser que seja essa sua linha de trabalho (design, artes, etc.), melhor se ater ao básico. O estilo ideal ainda é papel branco, margens fixas e fontes tradicionais na cor preta e em tamanho legível.
Para facilitar a leitura, use um espaçamento consistente e experimente com itálicos, sublinhados, e negritos para destaque.

PASSO 1: OBJETIVO

Logo após seus contatos pessoais, descreva seu objetivo. Deve ser algo curto, simples e refletir brevemente seu perfil profissional. Primeiro, você deve falar a sua área de atuação, citar a sua experiência no setor e, por fim, qual é a sua finalidade se candidatando à vaga.
Eline frisa a importância de não listar suas próprias habilidades aqui, como “administrador com boas relações interpessoais”. É comum, mas errado.

 Não cabe a você se auto avaliar, porque quem vai fazer isso é seu entrevistador”, diz ela.

PASSO 2: FORMAÇÃO

Neste campo ficam as principais informações educacionais e diplomas, como escolas, universidades e outros cursos acadêmicos, como especializações MBA, pós-graduação, entre outros. Seja sucinto e inclua nome da instituição, tipo de diploma, curso, cidade e ano de conclusão.

PASSO 3: EXPERIÊNCIA

Após a formação acadêmica, é a hora de preencher o campo mais temeroso para alguns. A ordem cronológica deve ser inversa, do posto atual ou mais recente ao mais antigo. Se estiver na mesma função há vários anos, invista em mais espaço para mostrar como cresceu por lá.
O que colocar como experiência é uma dúvida recorrente. Quem tem números e dados que quantifiquem resultados, como ‘número de visitantes cresceu 50%’ ou ‘o portfólio de clientes dobrou’, deve escrever nessa parte do currículo. Isso porque é mais importante descrever as suas conquistas do que as suas responsabilidades. Como você fez a diferença? Que metas atingiu? Que projetos criou ou implementou?
Entre os mais jovens, com pouca ou nenhuma atuação no mercado, o correto é mostrar que você já absorveu várias experiências mesmo sem ter trabalhado em um cargo pleno. Escreva a suas experiências em estágio de férias ou trabalho voluntário, por exemplo.

PASSO 4: IDIOMAS E CURSOS COMPLEMENTARES

Cursos de extensão e informações sobre outros idiomas devem ser colocados aqui, junto com o nível de fluência. Eline alerta para os exageros que os profissionais costumam cometer nessa parte do currículo:

A pior coisa que você pode fazer é mentir no seu currículo, então prefira ser comedido, para na hora, poder se explicar”, afirma a profissional.