Carreiras | Empregos

por Marisa Eboli *
Nos últimos anos tem-se falado muito sobre os efeitos da globalização nas perspectivas de trabalho dos executivos, favorecendo o fim da lealdade à empresa e gerando uma postura de auto-gerenciamento da carreira. No entanto, poucos têm se preocupado em saber como andam as expectativas dos “filhos da globalização”, dos jovens que assistiram seus pais passarem por reengenharias, downsizings , fusões e aquisições, desemprego e que ainda assim pretendem ingressar neste mesmo mercado. Depois de muitas pesquisas, chegou-se ao resumo de algumas dicas para facilitar a preparação e o ingresso de recém-formados e universitário no mercado de trabalho:
tenha sempre um cartão de visitas com seus dados (nome, endereço, telefone, e-mail etc) mesmo que você ainda não esteja trabalhando. Ele é elementar para construir uma rede saudável e produtiva de relacionamentos.mantenha seu currículo atualizado. Se a experiência ainda não é muita, demonstre investimentos no futuro profissional – viagens, cursos, idiomas, informática, atividades onde tenha desempenhado papel de liderança e demonstrado capacidade de trabalhar em equipe, atividades sociais e culturais ou trabalho voluntário junto à comunidade.a hora da entrevista é um momento de seleção, portanto não dê motivos para ser cortado à toa. Demonstrar muita criatividade pode ser perigoso nesse momento. A entrevista não é hora de confronto mas de conhecimento mútuo e esclarecimentos sobre as expectativas.na entrevista pense em questões que poderiam ser formuladas e em respostas coerentes com seus valores – evite ser pego de surpresa, conhecendo um rol de perguntas que em geral as empresas gostam de fazer. Alguns exemplos: Quais são seus pontos fortes e fracos? O que gerou seu interesse em vir trabalhar aqui? Como você acha que pode contribuir com a empresa? conheça o perfil, estilo, valores e cultura da organização onde você procura uma vaga. Você acha que o seu perfil tem tudo a ver com o da companhia ou você se sentiria um “estranho no ninho”?cuide sempre da sua imagem e saiba valorizá-la. Não adianta ser o melhor, se as pessoas não o percebem assim. É preciso saber fazer marketing pessoal – mas cuidado com o exagero e com a “propaganda enganosa”. invista sempre na sua habilidade de comunicação, ela é fundamental desde o momento inicial do processo de seleção até o final da sua carreira. Saber se expressar com espontaneidade, clareza, objetividade, controlando o nervosismo e a ansiedade é fundamental. tenha uma vida pessoal rica e diversificada – isso está diretamente relacionado com desenvolvimento da criatividade. Saber transportar conceitos e vivências de uma área da vida para situações profissionais é o melhor laboratório de criatividade. procure se autoconhecer e se autoavaliar. Preste atenção nos comentários que as pessoas fazem a seu respeito (elogios e críticas), e o que elas costumam dizer que você faz muito bem, seja no trabalho, na família ou entre amigos. Essa é uma boa forma de identificar seus talentos.estude e aprenda, aprenda e estude. Não interessa a ordem, desde que seja para sempre! A educação será a base de sua capacidade para competir.
em todas as situações um ponto é primordial: seja você mesmo! Caso contrário, você até pode conseguir a vaga, mas provavelmente ela estará sendo ocupada por alguém que você desconhece!
* Marisa Eboli é Coordenadora de Projetos de Universidade Corporativa e faz parte do Programa de Estudos em Gestão de Pessoas na USP

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