Por Rômulo Martins
Para quem ainda pensa que a roupa utilizada no trabalho pouco ou nada influi na hora de subir degraus na carreira vai um dado curioso: um em cada cinco executivos já demitiu por causa da profundidade do decote. É o q ue aponta uma pesquisa divulgada pelo empresário britânico Peter Jones, CEO da Dragons.
O estudo, realizado com três mil gestores, revela também que metade dos executivos britânicos admite ter deixado de promover ou aumentar o salário de uma funcionária que vestia roupas muito justas ou decotadas.
“Equivoca-se quem tenta se fazer valer pelos atributos físicos, chamando a atenção mais para si, com o intuito de fazer carreira. Quem age assim está construindo um alicerce falso”, diz Célia Leão, consultora empresarial.
Segundo Célia, é fato que as regras de vestimenta de um banco não valem para uma agência de publicidade. A consultora, no entanto, propõe um questionamento. “Você deixaria um gerente administrar sua grana se ele trabalhasse de bermuda?.”
Renata Filippi Lindquist, sócia-diretora da Mariaca, observa que os prejuízos do uso impróprio do traje no trabalho não se restringem ao universo feminino. “Os cargos de maior responsabilidade são conquistados por um conjunto, que abrange as competências técnicas e comportamentais. Destoar do grupo pelo uso inadequado da roupa, com certeza, afeta a imagem. E isso vale para homens e mulheres.”
Dentro do contexto
Célia Leão ensina que cabe ao profissional se adequar aos nichos de mercado mais ou menos conservadores. Porém, afirma a consultora, sábio é também aquele que cria oportunidades por meio de sua imagem.
“Quem valoriza o salário investe no clássico com uma pitada de modernidade. Isso não quer dizer que a empresa não respeita a sua maneira de ser. Vestir-se de acordo com o nicho de atuação é responsabilidade sua. A imagem da empresa é a imagem de cada um.”
“Em algumas empresas, quem atua internamente pode vestir-se informalmente. Mesmo assim, é bom prestar atenção na roupa que seus pares e chefe usam. Já uma apresentação pessoal, com um cliente, pede trajes formais e discretos”, diz Renata Lindquist, da Mariaca.
Na linha clássica, opte pelo marinho, grafite e marrom, recomenda Célia. “Quando comprar analise se a tonalidade do traje e o tipo de tecido são duradouros. Faça a sua compra render, afinal o consumo inteligente e consciente está na moda.”
Assim como Renata, a consultora destaca que a competência técnica deve sim estar aliada ao comportamento e à imagem. “Quem se cuida legitima a posição que ocupa. O profissional competente se cuida e, seguramente, toma conta dos seus negócios com mais propriedade.”
Roupa no Trabalho – Como se vestir corretamente
Segundo levantamento, mulheres que usaram roupas muito curtas ou decotadas deixaram de ser promovidas ou não obtiveram aumento de salário.
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