Carreiras | Empregos

por Sandra Betti *
Muitos especialistas acreditam que os testes de inteligência (QI) são indicações confiáveis de quanto o indivíduo será bem sucedido em sua vida, embora haja uma corrente totalmente contrária a essa afirmação. De fato, houve uma imensa ampliação no conceito de inteligência.
Segundo os pesquisadores, a inteligência é a soma das capacidades de aprendizado, raciocínio, memorização, adaptação ao ambiente, além de motivação e esforço. Atualmente, existe uma necessidade real de se integrar os aspectos afetivos e cognitivos no processo de desenvolvimento do potencial dos indivíduos. O controle das emoções é fator essencial para a otimização da inteligência e o alcance do próprio sucesso.
Uma pessoa emocionalmente inteligente sabe como controlar as suas angústias e ansiedades, para liberá-las na hora certa, com a pessoa certa e da maneira mais adequada possível. São pessoas que conseguem se acalmar quando estão nervosas, têm automotivação e uma razoável percepção de si e dos outros.
A automotivação é uma qualidade essencial do chamado QE (Quociente Emocional), além de outros atributos como: autoconsciência, autocontrole, empatia e bom relacionamento interpessoal. Este, aliás, revela a habilidade da pessoa no trato social, como ser capaz de lidar bem com as emoções, de convencer os outros, negociar e trabalhar em grupo.
QE não é oposto de QI. Algumas pessoas são dotadas de ambos, e algumas com muito pouco de cada um deles. O grande desafio é entender como eles se complementam.
O QI não é garantia de um bom desempenho, se a pessoas não tiver várias outras características essenciais. A competência das pessoas que utilizam o seu QE para enriquecer e otimizar o seu QI revela uma atitude emocionalmente inteligente. São indivíduos que têm a sua agressividade direcionada para a ação produtiva, buscando o seu espaço, aproveitando as oportunidades e os desafios, mas também dando aos que os cercam oportunidades iguais de crescimento e desenvolvimento pessoal.
O QI faz as pessoas muitas vezes serem admitidas, mas é o QE que será o responsável pelas suas promoções e carreira. Vinte por cento do sucesso está relacionado ao QI e oitenta por cento à sua inteligência emocional.
O grande mistério do cérebro humano é que ele só se enriquece se for utilizado. A cada novo aprendizado os neurônios se rearranjam e ocorre uma “ginástica cerebral”. Uma vida rica, estimulante e diversificada faz com que as pessoas se mantenham intelectualmente e emocionalmente ativas e saudáveis. Trabalhos desafiadores e gratificantes, estudos, leituras, cursos avançados, viagens, lazer, terapias, workshops de autoconhecimento e diversas outras atividades, estimulam e aumentam seu repertório, desenvolvendo não somente a sua inteligência emocional quanto a sua capacidade de ser “empregável”.
Ser um profissional “empregável” significa ter uma soma de qualidades (idiomas, MBAs, marketing pessoal, QI, QE, etc.), que se tornarão instrumentos importantíssimos para assegurar sua competitividade e sucesso no mercado de trabalho.
*Sandra Betti escreveu esse artigo para o site Neuronio

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