Por Willian Mac-Cormick*
Liderança ocupacional, motivação em equipe, objetividade e direção para resultados. Estas são algumas das vantagens que as mulheres em geral têm sobre os homens. O fato de as mulheres levarem em consideração as angústias, darem mais ênfase à escuta e à subjetividade de seus subordinados e colegas, além de ser uma consequência da natureza feminina é também porque as mulheres, ao contrário dos homens, não vêem no trabalho a principal fonte de realização pessoal.
Por mais que hoje as mulheres queiram ascensão profissional, liderar, influenciar e crescer na empresa, muitas ainda desejam constituir família, ter filhos e um grande companheiro ao lado, coisas simples que foram temas de seu brincar da infância e conseqüentemente de seus desejos. Para as mulheres, o significado de realização e sucesso são muito subjetivos, variando de pessoa para pessoa e variando mais ainda do homem para mulher. Uma característica da mulher contemporânea em nossa sociedade é o fato dela estar adiando cada vez mais a maternidade, em prol da estabilidade profissional, o que não é mal algum se este é realmente o seu desejo. Cada uma coloca na balança e avalia o que seria a prioridade naquele momento.
Se formos avaliar a mulher em relação ao empreendedorismo, o grande desafio para as
empresas que hoje querem reter os talentos femininos é fazer com que este desenvolvimento profissional não seja um fardo, um empecilho para seus outros desejos e objetivos de vida, fazer com que a maternidade, casamento e estabelecimento familiar não se tornem concorrentes de uma ascensão e sim complementares. Mas o desafio também não é apenas da empresa, e sim da própria mulher em entender, dialogar com seu desejo, agir a altura dele. As mulheres têm uma grande capacidade de satisfazer as necessidades emocionais dos que com ela trabalham. O resultado disso é uma forma equilibrada e harmoniosa de alcançar o seu próprio crescimento, refletindo-se nos serviços prestados. Elas podem muito bem serem assertivas, enérgicas, mas sem perder a ternura e admiração do grupo. A necessidade de poder para as mulheres está relacionada ao grau de influência que elas exercem no ambiente onde trabalham e não no tamanho da sala, nas mordomias, tamanho da equipe, tamanho do salário, etc.
Por sua necessidade constante em cumprir vários papéis como o da dona de casa, mãe, esposa, profissional, a mulher desenvolveu a capacidade de adaptação às mais variadas situações. Enfim, a mulher empreendedora se motiva principalmente pela busca da realização e por conseqüência, a felicidade. Seu sucesso é tão evidente por uma simples questão, a felicidade é chegar ao seu limite de competência para melhorar sua vida e a dos outros. O que deve estar sempre bem claro, tanto para homens, como para mulheres é que o trabalho é um aspecto da vida e não “O” aspecto único. O ser humano é um ser de muitos prazeres e quando elegemos apenas um prazer como o único, poderemos ter problemas. Por isso, pode ser uma fonte de felicidade ou de anestesia.
*Willian Mac-Cormick é psicólogo clínico de orientação psicanalítica, consultor em desenvolvimento humano e sócio da consultoria Mac-Cormick & Sommer.
Mulheres e empreendedorismo
Elas podem muito bem serem assertivas, enérgicas, mas sem perder a ternura e admiração do grupo.
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