por Daniel Luz
Você está conseguindo o que quer da vida? Se for como a maioria das pessoas, você deseja amar e ser amado. Quer aproveitar bem seu tempo de lazer. Quer usar suas habilidades para aprimorar-se. Quer sentir-se bem e ter auto-estima. Quer mais satisfação no trabalho e menos estresse. Quer superar maus hábitos como procrastinação, fumar, beber ou comer demais.
Muitas pessoas desejam atingir esses mesmos objetivos, mas poucas conseguem. Por quê? A maioria de nós resiste ativamente à idéia de uma mudança, pois são necessárias ações positivas. Em poucas palavras, as mudanças que queremos não acontecem espontaneamente. É necessário um esforço adicional à nossa tradicional rotina. É necessário superar o medo de fracassar.
As pessoas que têm medo do fracasso lutam contra as mudanças porque não confiam nelas mesmas para administrar o desconhecido, sem certezas e garantias. Por isso, é importante considerar o fracasso numa perspectiva diferente, como um prelúdio para o êxito, para a vitória e o sucesso.
Entendo que o fracasso é sempre uma experiência desanimadora. Pensar em si mesmo como um “fracassado”, ou ser chamado de “fracassado” é tão depreciativo como ser “tachado” de “inútil”, “perdedor incompetente”. Por causa dessas associações degradantes, a possibilidade de um fracasso faz muitas pessoas pensarem duas vezes antes de tentar algo novo, ou até assumir riscos razoáveis.
Você gostaria de tirar a palavra “fracasso” do seu vocabulário funcional e livrar-se desse medo auto-destruidor? Para conquistar isso, aprenda a ver seus esforços de mudança como experiências. Você consegue, intencionando trabalhar como um cientista aplicado. Um cientista ou engenheiro testa muitas idéias promissoras no processo de descobrir soluções para os desafios, sabendo que muitas tentativas serão necessárias antes de obter sucesso. Thomas Edison, por exemplo, experimentou milhares de filamentos para a luz elétrica antes de descobrir qual deles funcionava. À medida que os meses se transformavam em anos, nenhum filamento durava mais que dois segundos. Finalmente ele descobriu aquele que produziria luz por um tempo aceitável antes de se consumir em fogo. Quando uma experiência atrás da outra resultava em fracasso, ele não pensou “Meu Deus, eu errei. É melhor parar agora”. Na visão de Edison, ele não cometeu nenhum erro! A cada passo descobria algo válido – que um filamento específico não servia. De fato, ele viu o processo, não como uma série de fracassos, mas como uma única experiência que exigia milhares de passos.
A abordagem experimental de Edison trará muitas alegrias em termos de realizações. Mesmo assim, vai ter de enfrentar muitas vezes desânimo e frustração. Por quê? Quando você resolve aprender, descobrir e criar, não existem garantias de que não vai tropeçar. O processo experimental é como aprender a ler. Você começa no seu nível de presteza e cresce em competência, à medida que lê livros mais complicados. Quando está lendo bem, o mundo se abre com possibilidades infinitas.
Lembre-se – o erro é uma parte inevitável da vida. É por isso que alguns lápis têm borrachas numa ponta. A maioria dos erros corriqueiros é contornável, desde que você aja como um solucionador de problema. Dentro dessa perspectiva, percebe que cometer erros é compreensível e, o que é mais importante, que sua essência como pessoa continua aceitável, mesmo quando comete uma série de erros. Agora você pode assumir com convicção a noção de que não existe fracasso. Há apenas experiências que são positivas, em maior ou menor grau.
Para ter êxito e uma vida bem-sucedida, comece a experimentar sem medo de fracassar. O sucesso não cai do céu.
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