Carreiras | Empregos

por Juliana Ricci
Em 1999, Marcelo Ferrari deixou a Mercer Human Resource Consulting, uma das maiores consultorias de Recursos Humanos do mundo, sob regime de licença não remunerada, para embarcar num MBA Internacional de um ano na escola Thunderbird, em Arizona, Texas, Estados Unidos.
Apesar de ter o respaldo da empresa – ela custeou 75% do curso – e o emprego garantido na volta, a decisão de morar em outro país exigiu muita reflexão e muito planejamento. “Comecei a me programar 2 anos antes, porque ficaria sem receber salário e teria que arcar com os custos de moradia e alimentação, além de manter minhas coisas aqui no Brasil”, lembra Marcelo.
O fato de ser solteiro, segundo Marcelo, facilitou a decisão, mas ao mesmo tempo, dificultou o processo de adaptação. “Quando se leva a família, fica mais fácil encarar o novo ambiente. Eu cheguei a emagrecer 3 quilos em 3 meses, devido à ansiedade e aos imprevistos, que sempre acontecem”, explica o gerente.
O primeiro passo foi decidir que era realmente o momento de viver uma experiência internacional, de que a carreira precisava de uma injeção de “ânimo”. “Eu precisava ampliar minhas possibilidades de crescimento, e vi no MBA e na experiência internacional o caminho para isso. Como a empresa também tinha interesse nisso, conseguimos chegar a um consenso com relação à minha saída e à minha volta. Isso, certamente, me deu mais segurança”, garante Marcelo.
Em seguida, Marcelo preocupou-se com a escolha do local. Essa etapa é fundamental, já que a cidade deve “ter a sua cara”, ou seja, ser um ambiente acolhedor e agradável. O clima, a hospitalidade, o tamanho, as opções de lazer e serviços, tudo influencia no bem-estar e na adaptação. Quanto à escola, é preciso pesquisar muito, conversar com quem já passou pela experiência e depois da escolha, é hora de iniciar o processo seletivo diretamente com a instituição. “Eu queria a melhor escola e a possibilidade de conhecer pessoas e modelos de negócios de todas as partes do mundo, já que na Mercer elaboro projetos globais. Tudo isso eu encontrei em Thunderbird”, diz.
Quanto às ofertas de emprego, Marcelo diz que são muitas. As universidades têm departamentos de carreira que encaminham os alunos, e as empresas mantêm convênios com as melhores escolas para recrutar profissionais frequentemente. “Eu não queria receber ofertas, porque já tinha firmado com a Mercer o compromisso de voltar . Ainda assim, apesar de ter deixado meu currículo como confidencial, recebi 2 propostas, uma para trabalhar no Brasil e outra nos Estados Unidos”, lembra ele.
Além de estudar, Marcelo pôde trabalhar nos escritórios da Mercer em Atlanta, Chicago e Los Angeles, conhecer novas metodologias e trazer as novidades para implantar no Brasil. “Eu acredito que vale a pena viver uma experiência internacional em qualquer fase da vida. É uma das melhores maneiras de aprender e crescer, como profissional e como pessoa”, conclui Marcelo.

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