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Em 1956, um médico polonês recebeu de um oncologista de renome o diagnóstico de um câncer terminal. No entanto, após a análise do tecido supostamente canceroso por um patologista, o médico polonês se surpreendeu: na verdade, ele não tinha a doença.
Segundo livro do psicólogo e cientista social canadense Philip Tetlock, em parceria com o escritor Dan Gardner: Superprevisões: a arte e a ciência de antecipar o futuro (R$ 44,90, no Submarino), a origem do equívoco estava no fato de que nenhum dos médicos duvidou de seus julgamentos, sequer do diagnóstico.
A tese que Philip descreve no livro é a de que o sentimento de certeza absoluta sobre algo afeta as decisões de médicos, empresários e líderes governamentais.
Em contrapartida, há pessoas superanalistas que conseguem acertar mais do que os próprios especialistas, pela forma racional que costumam pensar, independente do conhecimento que possuem. E a boa notícia é que esse tipo de raciocínio pode ser desenvolvido por todos nós:
Duvide das suas crenças constantemente
Para a ciência, a melhor evidência de que uma hipótese é verdadeira é um experimento que comprove que ela é falsa. Parece loucura, mas é a maneira como os cientistas fazem para descartar todas as alternativas de erro. E essa capacidade de duvidar constantemente de que estamos de posse da verdade é uma das características fundamentais dos superanalistas.
Reconheça que seu conhecimento é limitado
Mesmo os superanalistas sabem que, em um mundo complexo, nosso conhecimento e nossa capacidade de prever cenários e mudanças é limitado.  Segundo os autores do livro, as previsões de longo prazo são menos propensas a se concretizarem. Por isso, para se tornar um analista de elite, é preciso reconhecer que, embora dominemos um assunto muito bem, não possuímos a totalidade do conhecimento e, em alguns casos, necessitamos de ajuda.
Avalie os erros por trás dos fracassos – e dos sucessos
Além de não correr atrás de desculpas esfarrapadas para os fracassos, os superanalistas avaliam os projetos em que obtiveram sucesso. O objetivo desse comportamento é encontrar explicações para os acertos. De acordo com os autores, muitas escolhas bem-sucedidas são frutos de situações externas e não significam, necessariamente, que o raciocínio anterior estava totalmente correto.
Pense em probabilidades
Poucas questões são 100% corretas ou incorretas. Ficar constantemente pensando no “talvez” não traz informações relevantes sobre cenários futuros, mas identificar os graus de incerteza e levá-los em conta é importante para formar um raciocínio.
Use várias fontes de informação
Os superanalistas compreendem os riscos de fazer previsões apressadas e procuram reunir uma gama de fontes confiáveis sobre os assuntos antes de emitir um julgamento. Porém, eles também reconhecem que é preciso encontrar um equilíbrio entre ter posições firmes e qualificadas e ficar remoendo muito as decisões.
A forma como você escolhe as suas fontes também irá ajudar a acelerar esse processo. Excesso de informação não é necessariamente conhecimento. É preciso selecionar algumas fontes de confiança sobre cada assunto que podem ser consultadas frequentemente.

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