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Por Rômulo Martins
Utilizadas para identificar comportamentos ou competências específicas nos candidatos, as dinâmicas de grupo, também conhecidas como jogos, devem ser aplicadas por profissionais experientes na condução de pessoas, alerta Heloísa Schauff, coach com atuação na área de recursos humanos.
Segundo Heloísa, a sólida qualificação do profissional condutor do grupo é que vai garantir a escolha assertiva do candidato. Caso contrário, os jogos podem esvaziar-se nas mãos de aplicadores inábeis. “Para obter o máximo em termos de análise dos resultados do jogo o profissional tem de ter sensibilidade no que se refere aos processos humanos,” destaca a coach.
O aplicador da dinâmica, ressalta Heloísa, deve ter feeling para interferir de modo positivo nas diversas situações que os jogos podem suscitar, como conflitos, resistências, discussões. De acordo com a especialista, para surtir o efeito desejado, o selecionador precisa avaliar os candidatos com isenção, baseado nas competências exigidas para o cargo.
A participação de mais de um profissional nesta etapa do processo, diz Heloísa, proporciona uma análise mais completa dos concorrentes à vaga. O bom planejamento é também fator essencial na aplicação correta de uma dinâmica.
“O planejamento envolve a escolha dos jogos (eles devem ser  adequados aos objetivos propostos), o tamanho do grupo (para não comprometer o resultado e a observação), a duração e o preparo dos selecionadores para a melhor utilização da técnica.”
Recurso complementar
A coach Heloísa Schauff afirma que as dinâmicas de grupo (ou jogos) são ferramentas complementares ao processo de seleção. Ela fala sobre a importância dos aplicadores dos jogos averiguarem os resultados e as percepções obtidos nas demais fases, como na entrevista.
“A dinâmica possibilita a observação da existência ou não de competências específicas no comportamento presente. A entrevista observa o comportamento passado do candidato”, explica a coach.
Profissionais de recursos humanos, ressalta a especialista, devem adicionar as informações colhidas nas dinâmicas aos dados do currículo e às provas técnicas, para então planejar e preparar a entrevista. “Essa observação possibilita ao selecionador a decisão de quem, dentre os candidatos, tem o perfil mais compatível com a vaga.”
A interação entre os selecionadores envolvidos no processo evita ainda julgamentos errôneos e precipitados em uma ocasião em que a ansiedade e o nervosismo costumam atrapalhar a performance dos profissionais.
“Um profissional de RH experiente e treinado observa o comportamento dos candidatos, percebe a ansiedade, a tensão, e vai fazer mais verificações na entrevista”, diz Heloísa.

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