Por Rômulo Martins
Quando a vida profissional não vai bem é comum colocarmos a culpa na empresa, no chefe, no colega de trabalho. Muitas vezes não nos damos conta de que a dificuldade está em nós. Uma mudança interna resolveria todo o problema.
Não é só a falta de capacidade técnica que atrapalha a sua performance na carreira. Saber lidar com as próprias emoções e com a dos outros é primordial para o alcance do sucesso no trabalho.
Em Pare de se sabotar e dê a volta por cima: como se livrar dos comportamentos que atrapalham sua vida, o educador e psicoterapeuta Flip Flippen lista a dez principais limitações que impedem o sucesso profissional.

• Ignorar as opiniões divergentes e querer ter sempre o controle da situação;
• Não ser capaz de dizer não, mesmo que isso comprometa a felicidade;
• Sentir dificuldade de deixar os erros para trás por ser introspectivo e pouco autoconfiante;
• Não admitir as próprias falhas por causa do excesso de confiança e da teimosia;
• Ser exigente, implicante ou rude, desrespeitando as ideias e opiniões dos outros;
• Não conseguir cultivar relacionamentos profundos e expressar emoções;
• Viver desmotivado e protelar eternamente as tarefas;
• Resistir a mudanças e demonstrar nervosismo diante das incertezas;
• Ser agressivo e raivoso, deixando as emoções se exacerbarem ao se sentir desafiado;
• Tomar decisões rápido demais e ficar entediado facilmente.

Descubra quais são as fragilidades que estacam a sua carreira e elimine-as de vez
Nos livros de autoajuda, na psicoterapia e na prática de atividades que lhe dão prazer podem estar a resposta ou o caminho para a conquista do autoconhecimento e da inteligência emocional. Segundo o coach Sulivan França, presidente da Sociedade Latino Americana de Coaching, muitos profissionais sabem aonde querem chegar, mas desconhecem o caminho a percorrer para atingir os objetivos.
“Um processo pragmático pautado por ferramentas específicas que potencializem as características de cada indivíduo ajudam-no a identificar quais são suas fraquezas para que sejam dirimidas ou sanadas”, afirma ele.
Ao identificar as limitações pessoais, Sulivan recomenda ao profissional um plano de ação. Entretanto, ressalta que as metas e os objetivos de carreira devem estar alinhados aos valores do indivíduo. Quando existe dissociação entre um campo e outro o profissional não consegue alcançar o sucesso.
A cabeça faz o homem
Na década de 1970, o analista de sistemas Richard Bandler e o linguista John Grinder da Universidade da Califórnia (Estados Unidos) uniram-se para estudar o comportamento e o pensamento humanos. Eles partiram do pressuposto de que assim como a linguagem, a mente do homem é um ser organizado e estruturado cuja alteração provoca mudanças no significado.
Analisando o comportamento de três terapeutas de renome – Fritz Perls, Virgínia Satir e Milton Erickson – descobriram que por trás do sucesso destes profissionais havia um modelo de terapia que podia ser ensinado. Surge a programação neurolinguistica (PNL). “A PNL é uma arte-ciência”, define André Percia, presidente da Sociedade Latino Americana de Programação Neurolinguistica. De acordo com ele, o estudo do sistema nervoso permite ao indivíduo saber como usar o seu conhecimento para realizar mudanças.
Quando está com raiva, por exemplo, a pessoa pode sentir dores no peito, palpitações e falta de ar. Sabe-se que o relaxamento pode aliviar esse tipo de tensão. “É nesse sentido que a PNL atua”, explica Percia. Este método recorre a exercícios, tarefas e reflexões que ajudam o profissional na medida em que ele passa a encarar as situações de uma maneira diferente, pois aprendeu a equilibrar as emoções frente aos fatos. “Cada um é responsável pela vida profissional. Independentemente do auxílio do chefe ou da empresa, é preciso ter compromisso pessoal de buscar uma qualidade de vida melhor. O processo de desenvolvimento pessoal e a responsabilidade não são teorias, são habilidades que precisam ser desenvolvidas”, avisa André Percia.