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Pense agora sobre como seria sua vida se o seu automóvel não tivesse volante ou se os ferros de passar roupas ainda fossem pesados e funcionassem à lenha. Seria mais difícil utilizar esses aparelhos, não? Pois é, assim como para os automóveis, os ferros e todos os objetos que usamos, para os sites também são realizados estudos de usabilidade, com o objetivo de torná-los mais práticos e fáceis de serem utilizados.
O conceito de usabilidade, apesar de pouco percebido em nosso dia-a-dia, é fundamental na confecção de produtos e sites, para que eles e a nossa vida fique cada vez mais simples. Além disso, esse é um campo de trabalho que cresce a cada dia, com oportunidades ligadas ao planejamento de sites e aos testes de usabilidade. Por isso, o Senac e a Jump Solutions realizaram recentemente a Oficina Executiva de Usabilidade e Experiência do Usuário, com o objetivo de ensinar como construir sites com alto índice de usabilidade.
Sandro Marques, Gerente de Inovação do Banco ABN Amro, Claudia Obata, Diretora da Alure, e Fabiana Curi Yazbek, Diretora de Marketing da e-bit, foram os profissionais responsáveis pela Oficina. Segundo Sandro, o conceito surgiu há cerca de 2 anos e pode ser entendido como a ergonomia da informação. “A ergonomia estuda a adaptação do homem aos ambientes físicos. A usabilidade consiste em adaptar a informação ao site de forma eficiente, garantindo praticidade em seu uso”, explicou.
Algumas definições oficiais e também criadas por estudiosos do assunto ajudam a entender mais sobre usabilidade. Para Jakob Nielsen, polêmico pesquisador responsável por vários importantes conceitos da arquitetura da informação, um bom sistema interativo proporciona: facilidade de aprendizado, eficiência, memorização e suporte a erros.
De acordo com a norma ISO 9241 de qualidade, usabilidade é a “capacidade que um sistema interativo oferece a seu usuário, em um determinado contexto de operação, para a realização de tarefas, de maneira eficaz, eficiente e agradável”. Segundo Sandro Marques, a palavra “contexto” utilizada nessa definição nos ajuda a lembrar de que o nível de usabilidade de um site depende da situação em que ele é criado ou avaliado. “Se avaliado por um público ao qual ele não é destinado, certamente o site não será aprovado. Assim, um site para crianças pode não ter usabilidade para adultos. Tudo depende do contexto”, disse.
O que fazer então no caso dos portais como UOL e Terra, que oferecem assuntos para todo tipo de público? Claudia Obata, da Alure, empresa que reúne as atividades de consultoria de usabilidade e estúdio de criação, sugere seguir o gosto da maioria. “É preciso identificar o objetivo dos usuários e definir qual é o caminho mais fácil para que o atinjam . Como não dá para criar uma linguagem visual diferente para cada público, é melhor descobrir aquilo que agrada à maioria. De qualquer forma, quanto mais personalizado, melhor”, ensinou.
Para Claudia, o profissional que se interessar em trabalhar nessa área deve focar só nesse assunto, porque exige muito estudo e dedicação e também permite aprender muitas coisas, já que está relacionado ao Marketing, à Psicologia, à Antropologia, Computação Gráfica, Ciência da Computação, ao Design Gráfico e ao Desenho Industrial. “Pessoas dessas e de qualquer outra área podem trabalhar com usabilidade. É preciso que o profissional tenha interesse pela internet, goste da questão da experiência, seja curioso, e se interesse por estudos comportamentais, afinal o principal foco da usabilidade são os usuários dos sites e seus desejos”, afirmou.

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