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Patrícia Bispo*
O ser humano é uma verdadeira fonte de emoções e através do seu comportamento expressa as características de sua personalidade, mesmo que de forma inconsciente.
Se antes revelar os sentimentos era considerado puro romantismo – muito evidenciado na literatura brasileira, no século 17 – hoje as emoções são vistas por outros prismas.
Muitas organizações, por exemplo, quando realizam um processo seletivo não avaliam o candidato apenas por sua bagagem técnica.
Competências comportamentais mais valorizadas pelas empresas
As competências comportamentais ou humanas, não importa a nomenclatura utilizada, pesam no momento da contratação. Mas, por que isso ocorre? Porque a aptidão em lidar com as emoções influenciará diretamente o comportamento das pessoas no dia a dia das organizações, inclusive a performance diante das atividades.
Então, quais as competências comportamentais valorizadas pelo mercado de trabalho? Abaixo, listo 15 das competências humanas que se encontram em alta no mercado. Essa relação foi formulada a partir de entrevistas, conversa que mantenho com profissionais de RH e executivos dos mais variados segmentos.
1 – Trabalho em equipe
Hoje não se cogita mais a individualidade nas organizações. O profissional precisa lidar com seus pares para atingir e até mesmo superar metas, vencer desafios.
2 – Capacidade de negociação
Dialogar com os demais colaboradores é fundamental para chegar a consensos diante de determinadas situações que impactam diretamente no clima organizacional e até no negócio da empresa em que se atua.
3 – Liderança
Gerir pessoas tem sido um grande desafio para as empresas, afinal o líder é considerado o comandante do barco, que dá um norte à equipe e a direciona ao alcance da performance que atenda às necessidades da organização.
4 – Comunicação
É preciso saber expressar ideias, tirar dúvidas, apresentar soluções para fatos que ocorrem todos os dias. Se a pessoa não consegue vencer a barreira do “silêncio”, agregará pouco ou valor algum à empresa.
5 – Criatividade e inovação
Os profissionais devem estar preparados para lidar com situações inesperadas. Muitas vezes, arriscar, liberar o potencial criativo pode trazer benefícios tanto para o colaborador como para a organização. Uma inovação em um processo específico pode, por exemplo, significar uma grande economia para as finanças da empresa. Sair do automático, deixar de “ser uma máquina programada”, leva pessoas a novas perspectivas.
6 – Prudência
Apesar de ser muito valorizado no mercado, o potencial criativo não deve servir de “base” para a adoção de atitudes precipitadas. Por isso, pensar duas vezes, avaliar uma proposta e ouvir a opinião do colega de trabalho não é sinal de fraqueza, mas sim de responsabilidade.
7 – Flexibilidade
Dizer um “não” à zona de conforto. Ser capaz de aceitar as mudanças, como também situações e comportamentos antagônicos possibilitam o amadurecimento do profissional. Esse aprendizado pode, inclusive, ser aplicado na vida pessoal.
8 – Otimismo
É indispensável não se entregar diante do primeiro obstáculo que surge. O pessimismo afeta o colaborador e se não for trabalhado, pode ser absorvido por outros membros da equipe. Uma situação assim compromete o desempenho e o clima organizacional.
9 – Assertividade
Uma pessoa assertiva é hábil para expressar posicionamentos, ideias e até mesmo suas emoções. Ao ser assertivo, o indivíduo defende seus direitos e respeita os dos colegas. Aprende a dizer não, com argumentos que revelam profissionalismo. Através da assertividade é possível evitar conflitos desnecessários que geralmente afetam negativamente a rotina corporativa.
10 – Ética
Uma empresa que deseja ser competitiva precisa contar com profissionais éticos e que valorizem a integridade. A ética é um dos pré-requisitos para a adoção da Responsabilidade Social nas organizações.
11 – Valorização da qualidade de vida
Trabalhar, trabalhar, trabalhar e se tornar um workaholic (viciado no trabalho) é um indicador preocupante para as empresas. O profissional deve ter consciência de que a melhoria da qualidade de vida deve estar presente dentro e fora dos muros da companhia que atua.
12 – Visão holística
Olhar para a organização e suas responsabilidades através de um contexto amplo, afinal não se concebe mais a possibilidade de um profissional ficar alheio ao que ocorre ao seu redor. Com a Tecnologia da Informação, o conhecimento é disseminado em uma velocidade cada vez maior.
13 – Compartilhamento de conhecimento
o profissional não deve temer a disseminação do conhecimento com seus pares. Cada vez que se transmite uma experiência, também se assimila algo, aprende-se com quem está ao seu lado. A recíproca também é verdadeira – quando não se domina um determinado assunto ou técnica, o profissional precisa buscar respostas com os pares.
14 – Autodesenvolvimento para aprimorar suas competências, o colaborador não deve esperar apenas a iniciativa da organização. Ele também é responsável pelo seu desenvolvimento e precisa buscar ferramentas que agreguem valor como leituras de livros e de revistas direcionados as suas atividades.
O autodesenvolvimento não está atrelado apenas ao conhecimento técnico, pelo contrário. É aconselhável conhecer a si próprio e ler sobre os mais diversos assuntos, mesmo os que não estão ligados diretamente ao negócio da organização.
15 – Intuição
Em determinadas situações, o colaborador precisa utilizar a intuição para desenvolver novas propostas que agreguem valor ao negócio. Essa competência faz parte dos processos mentais normais. Pode ser considerada como sendo a percepção que o indivíduo tem frente a uma determinada situação, sem a utilização do raciocínio lógico.
Através da intuição pode-se adquirir e colocar em prática conhecimentos e informações.
*Patrícia Bispo é jornalista. Atua na Atodigital.com e é responsável pelos sites www.rh.com.br, www.portodegalinhas.com.br e www.guiatamandare.com.br.

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