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Diante do cenário atual, não é pessimismo temer que o seu empregador seja o próximo a ser afetado pela economia. Mas o que fazer quando a empresa em que você trabalha está passando por dificuldades?
Segundo a professora espanhola Mireia Las Heras, da IESE Business School, pular do barco aos primeiros sinais de tormenta não é a única saída inteligente.
Isso porque a crise tem o potencial de gerar um ambiente instável, propício à experimentação: um prato cheio para profissionais criativos e ambiciosos.

Para resolver o problema, você não vai agir da forma convencional. Você terá a oportunidade de fazer diferente e criar, como num laboratório”, explica a professora

ZONA DE CONFORTO
Não que a inovação e a ousadia sejam as respostas tipicamente humanas a uma crise – muito pelo contrário. Diante da dificuldade, as pessoas tendem a ser estritamente reativas. Fazem apenas o esperado delas, por medo de que um eventual erro antecipe sua demissão.
Esse é justamente o comportamento que põe tudo a perder.

Para se recuperar, a empresa precisa de pessoas que, em vez de só reagir automaticamente às demandas, saiam da sua zona de conforto e ofereçam soluções criativas”, diz Las Heras.

Não que isso seja fácil, inclusive pelo clima de insegurança geral. Mas, garante a professora, compensa ter um pouco de paciência.

Pedir demissão só é o caminho se você não puder propor e inovar”, diz ela. “E de preferência se tiver outra vaga em vista, claro”.

DEPOIS DA TORMENTA
Segundo o coach Homero Reis, são muitos os profissionais que não abandonaram empregadores em crise e, uma vez passada a “tempestade”, acabaram se dando bem.
São pessoas que conseguiram salvar a empresa de um fim trágico, ou que simplesmente provaram sua fidelidade ao permanecer. Mesmo se esse reconhecimento posterior não vier, há ganhos.

Você sairá da ‘tragédia’ com ótimas histórias para contar, além de muito mais maduro profissionalmente”, diz Reis.

Então permanecer na empresa é sempre a melhor ideia? Não é bem assim. Há riscos e oportunidades em cada decisão. Para não se equivocar, é importante ser realista e bem informado sobre o seu mercado e a sua profissão.
Las Heras também recomenda atenção constante aos sinais do empregador:

Em muitos casos, a empresa começa a desistir da batalha, já não investe em ideias novas e só corta custos. “Nessa hora, é melhor sair em busca de outras oportunidades”, explica.

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