Em 2015, o Brasil cortou mais de 1,5 milhão de empregos com carteira, o pior status desde 1992. Segundo os dados mais recentes divulgados pelo IBGE, com base em maio de 2016, já são cerca de 11,4 milhões de pessoas desempregadas. No âmbito pessoal, todo mundo conhece alguém que perdeu o emprego.
E, no contexto adverso e restritivo com o qual nos deparamos, uma pergunta que sempre é feita a mim é: mesmo com a crise, é possível transformar um emprego temporário em um emprego permanente?
Respondo categoricamente que: SIM! O mercado sempre está aberto a bons profissionais. O processo de contratação temporária é uma excelente fonte de recrutamento de colaboradores.
As festas de fim de ano são uma fonte enorme de vagas temporárias, visto ser necessária muita mão de obra. Os candidatos devem prestar atenção a alguns aspectos importantes, quais sejam:
Requisitos necessários:
Algumas vagas temporárias requerem experiência e conhecimentos técnicos específicos. Para outras, não. Assim, o candidato deve estar atento às exigências de cada vaga para ver se se encaixa a ele.
Mas, talvez o mais importante, sem levar em consideração a experiência, é o comportamento do temporário: mostrar-se comprometido, proativo e cumpridor das metas é fundamental. Estar sempre aberto a aprender.
Também é importante a pontualidade, a aparência e a discrição: ficar fazendo fofoca não está com nada! E trabalhe em equipe: isso é valorizado nas grandes empresas!
Falta de experiência:
Para quem não tem experiência na área, vale a pena se arriscar numa vaga temporária? Penso que sim. Agora, o importante é avaliar o porquê está se candidatando a uma posição temporária.
Talvez seja só pela necessidade de dinheiro mesmo, mas talvez seja porque deseja iniciar na carreira ou em uma área específica. Melhor uma vaga temporária do que nada, e ela pode ser uma boa porta de entrada na empresa para uma carreira futura. Vale a reflexão!
Comportamentos:
É importante o contratado mostrar disponibilidade de continuar na vaga. Mas como fazer isso sem ser chato, sem ser impertinente? O comportamento demonstrará a intenção de ficar.
Não vale ficar falando para todo mundo (temporário, efetivos e chefia) que deseja ficar. Isso pode queimar o seu filme e mostrar para todos que é um chato. No entanto, nada impede que você converse com o gestor nos últimos dias do contrato para, de forma objetiva e cordial, indicar seu interesse de ficar. Esteja aberto para o “não”. Mas também para o “sim”!
Semeando o futuro, vale dizer, a efetivação:
É bastante comum que profissionais temporários 1) retornem como temporários em períodos seguintes ou 2) sejam chamados quando uma vaga efetiva surja futuramente. Por isso, como falei anteriormente, atente-se aos comportamentos que terá durante o contrato temporário. Você será constantemente notado, avaliado e considerado para outras possibilidades, se houver.
Veja algumas dicas para que você tenha êxito nessa experiência:
? Diferencie-se e mostre que pode contribuir com a empresa. Boa vontade e proatividade são comportamentos valorizados pelas empresas;
? Busque mais informações sobre sua empresa e sobre sua área e perceba onde pode contribuir e melhorar;
? Procure o chefe e demonstre interesse em aprender e contribuir mais com a área e com a empresa. Mostre que pode agregar valor;
? Invista em cursos e na sua capacitação e reverta o aprendizado para a empresa. Há uma infinidade de cursos na internet, até gratuitos, ensinando novos conteúdos;
? Saia da acomodação e da zona de conforto;
? Seja ético e evite fofocas para derrubar os outros. O comportamento de “farinha pouca, meu pirão primeiro” pode até funcionar em um primeiro momento, mas ninguém quer pessoas fofoqueiras e antiéticas por perto;
? Mantenha a rede de relacionamentos. Isso pode ajudar a te apoiarem na empresa; e,
? Seja flexível e adaptável às novas realidades.
Boa sorte e sucesso!
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