Sem rodeios. Já vou começar com a grande provocação: considere a possibilidade de ser um CLIENTEIRO. Traduzindo: busque CLIENTES, ao invés de empregos. Isso mesmo. A minha sugestão é clara: transformar a sua carreira em um negócio. Quem sou eu para dizer que o “empregão” vai acabar de vez? Mas que ele está fora de moda, não dá para negar. Sugestão do Marcelão: pense em CLIENTALIDADE, ao invés de “Empregabilidade”.
O lance é o seguinte: mesmo que você seja empregado de alguma empresa, eu proponho que você tenha foco em CLIENTE. O seu (ou sua) Chefe, ele mesmo (ou ela mesma) é seu CLIENTE.
Atenção: é gente que contrata os seus serviços. Não é a Companhia Tal S.A.. Me desculpe se eu perder um pouco a polidez, mas tenho de ser categórico: o CLIENTEIRO considera as pessoas físicas, não as pessoas jurídicas. Se você for “do clube da carteira assinada” pense nos seus superiores, nos seus colegas de trabalho, nos fornecedores, nos clientes externos da sua empresa. Só que foque no “jeitão” do Dr. Augusto, da Sandra, do Osmar, da Dona Amélia, não em razões sociais, cargos ou nomes de departamentos. Não é o mais importante. O que conta é o indivíduo e o “jeitão” dele. O negócio é entender de gente. Acredite: PESSOAS compram (idéias, produtos e serviços profissionais) de PESSOAS. Aí se encontra a essência da CLIENTALIDADE.
Para os “não empregados” – profissionais liberais, consultores, representantes comerciais, etc. – CLIENTALIDADE INDIVIDUAL é tudo. Essa “tchurma”, sem escapatória, precisa de CLIENTE. Eles não têm salário garantido no final do mês, nem vale-refeição (ou verba de representação), plano de saúde e outros benefícios. Sem CLIENTE, estes profissionais ficam, literalmente, “sem grana”. São legítimos CLIENTEIROS.
Essa conversa toda é pragmatismo puro. Vamos ver: nós estamos na “Economia do CLIENTE”. Do TODO PODEROSO CLIENTÃO. De uma competição absurda. Você, profissional, tem de buscar pessoas (CLIENTES) que comprem os seus serviços. Não importa o tipo de contratação – carteira assinada, autônomo, empresa prestadora de serviços, free lancer, etc. e tal.
Você não necessita do raio da CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social – para estar em atividade no mercado. Pensando em CLIENTES, haverá sempre oportunidade de trabalho. “Sacou”? Esse é o grande lance de ser CLIENTEIRO!!!. Você estará preparado – seja lá de que maneira jurídica for – para oferecer os seus serviços para alguém.
A “Marca Você”, expressão lançada por Tom Peters, um dos “gurus” mais badalados do mundo do trabalho/administração, simboliza a CLIENTALIDADE INDIVIDUAL. “A idéia definidora da ‘Marca Você’: nós somos os responsáveis por nossas carreiras e nossas vidas. Está nas nossas mãos construir”, diz Tom Peters.
Trocando em miúdos: é bom você fazer Marketing de você mesmo, do seu trabalho. Para mim, Marketing – no sentido individual – tem uma definição muito simples: criar os motivos para alguém contratar você.
É um estado de espírito diferente daquele de empregado. Você, como CLIENTEIRO, vai ter que se vender, ou seja, vender seu trabalho. Eu imagino que alguns sintam calafrios ao ouvir esta palavra. Aqueles que dizem: “Topo tudo na vida, menos “vender” alguma coisa”. Desculpe-me a franqueza: é puro preconceito. As relações humanas são constantes situações de compra e venda. Vamos pensar: para conquistar a sua mulher/seu homem, você não teve que fazer uma “venda”? Vender não se aplica somente a transações comerciais. (Nem é sinônimo de “enganação”, como muita gente ainda pensa.). Vender é influenciar pessoas.
Resumo da ópera: a dupla “Saber – Saber Fazer” virou trio. Os novos donos do espetáculo são: “Saber – Saber Fazer – Saber Vender”. Além de ter muito conhecimento e de ser tecnicamente excelente na sua área, você precisa fazer com que os outros lhe percebam como “craque”. A grande lei do Marketing (empresarial e pessoal): tudo é PERCEPÇÃO!!! Acredite: no mercado atual, a forma é tão importante quanto o conteúdo. O CLIENTE é um ser humano. E gente é “ACHISMO”!!! Vale o que ele acha de você e dos seus serviços profissionais. E nisso entra muito de estilo, de estética, de empatia, de afinidade, de atenção e tudo mais.
“Marcelão, será que você não está sendo muito radical?”. Eu acredito que não. Eu vejo muitas vantagens em ser CLIENTEIRO. Envolve riscos? Certamente. Assim como qualquer atividade empresarial. Só que, mesmo sendo “empregado”, no mundo de hoje, o profissional está sujeito a ser demitido a qualquer momento. A CLIENTALIDADE INDIVIDUAL, a meu ver, além do sentido prático – profissionais, assim como as empresas, precisam de CLIENTE para sobreviver -, traz grandes benefícios “espirituais” – no sentido de enxergar algo “além” do concreto. Dois deles: Liberdade e Autonomia. Se você aprecia estes “bens”, eu só posso lhe dizer: gente boa, seja CLIENTEIRO!!!
Clientalidade pessoal
Sem rodeios. Já vou começar com a grande provocação: considere a possibilidade de ser um CLIENTEIRO. Traduzindo: busque CLIENTES, ao invés de empregos. Isso mesmo. A minha sugestão é clara: transformar a sua carreira em um negócio. Quem sou eu para dizer que o “empregão” vai acabar de vez? Mas que ele está fora de […]
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