Por Rômulo Martins
Poucos meses para o fim do ensino médio e aumenta a angústia dos jovens que precisam escolher a profissão. Os mais espertos adiam a decisão, mas não por muito tempo. A pressão dos pais os força a matricular-se em um curso técnico ou universitário que, em muitos casos, nada tem a ver com a missão pessoal do estudante.
“Muitos escolhem a profissão por influência da família e dos amigos”, disse Idamar Carpinelli, especialista em orientação vocacional, na Feira do Estudante realizada recentemente em São Paulo pelo Centro de Integração Empresa-Escola. Segundo a orientadora, fatores psicológicos e sociais também pesam na escolha da profissão.
“Alguns se perguntam: será que terei de estudar muito? Outros desistem de determinada profissão por falta de condições financeiras para investir no curso ou pela distância entre a instituição de ensino e sua casa.”
Segundo Idamar, o autoconhecimento é o primeiro passo para a tomada de decisão. “O jovem deve avaliar o que realmente gosta de fazer”, diz. “Deve ainda observar em quais atividades se destaca e o ambiente que gostaria de trabalhar.”
Feito isso, é preciso avaliar o mercado de trabalho, as vagas de emprego e se as oportunidades se encaixam ao seu perfil. Nada de fazer escolhas baseadas apenas no retorno financeiro ou porque a profissão dá status. “Para fazer a diferença é necessário gostar do que faz. O dinheiro é consequência”, avisa Idamar.
Empregabilidade
Passada a difícil fase da escolha da profissão o desafio é encarar a competitividade do mercado de trabalho. A orientadora vocacional Idamar Carpinelli ensina que o profissional deve investir constantemente nas competências técnicas e comportamentais. “Com a evolução tecnológica e as terceirizações houve uma redução em massa dos postos de trabalho. A competição aumentou. Muitos profissionais precisaram reavaliar a carreira.”
Segundo Idamar, buscar informações atuais relativas à carreira escolhida e saber vender as competências valorizadas pelo mercado são obrigações do profissional hoje.
Em alta
Idamar ressalta que o mercado está à procura de técnicos. Os eventos esportivos de nível mundial a serem realizados no Brasil – Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas Rio 2016 – demandam grande número de profissionais nas áreas de Engenharia Civil, Turismo e Hotelaria. Outro setor em destaque é o da indústria petrolífera e de gás, por conta da descoberta da camada pré-sal.
A área de Tecnologia da Informação também oferece grandes oportunidades, mas exige forte investimento em formação. Atividades voltadas ao público idoso, como a Gerontologia (profissional que estuda os fenômenos do envelhecimento humano), de acordo com consultores de carreira, tendem a crescer com o aumento da população idosa no Brasil.
Acerte na escolha da profissão
Especialista em orientação vocacional ensina como identificar a área mais adequada ao seu perfil.
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