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A inteligência emocional é uma competência decisiva para sobreviver à instabilidade crescente do mercado de trabalho. No entanto, é muito difícil avaliar o seu grau de desenvolvimento dessa habilidade — ainda mais se você pretende fazer isso sozinho.
Embora seja difícil avaliar profundamente a sua própria inteligência emocional sozinho, certas perguntas podem estimular reflexões interessantes, diz Adriana Gattermayr, coach e consultora da Gattermayr Consulting.
Veja a seguir um roteiro de perguntas que te ajudam a medir o grau da sua inteligência emocional:
1) Quais são os sentimentos mais frequentes na minha rotina de trabalho? Eu sei dizer por que eles aparecem com tanta regularidade?
A resposta indica se você consegue perceber, diferenciar e nomear suas próprias emoções. Quando você percebe seus padrões de comportamento, tem mais facilidade para prever e gerenciar certas reações.
2) Ao pensar em duas situações que me causam medo, duas que desencadeiam raiva, duas que trazem indignação e duas que geram tristeza. Quais pensamentos e reações cada uma dessas situações me provoca?

O medo gera fuga? A raiva provoca mudez? Se você consegue reconhecer facilmente os seus mecanismos psicológicos mais típicos, isso significa que você tem um nível alto de inteligência emocional”, explica a coach.

3) Quais são meus pontos fortes e fracos? Tenho confiança nas minhas próprias habilidades?
A questão mede o seu grau de autoconhecimento. Pessoas que fazem uma boa gestão das suas emoções geralmente sabem muito bem quais são seus diferenciais e suas lacunas. De modo geral, costumam ser autoconfiantes.
4) Pense em alguém que o irritou ou magoou, sem que isso tenha se resolvido até o momento. Agora imagine que você é o advogado de defesa da pessoa e deve argumentar a seu favor nessa situação. O que diria?
Aqui, a resposta dará pistas importantes sobre a sua capacidade de empatia. Se você é capaz de fazer uma boa defesa de quem o magoou, provavelmente conta com alto nível de inteligência emocional. Captar o que o outro está sentindo, mesmo que ele não o diga, é uma habilidade bastante rara, mas extremamente útil no mundo do trabalho.
5) Quando estou numa situação de estresse ou confronto, normalmente culpo os outros, culpo a mim mesmo ou culpo a situação?
Cuidado: escolher qualquer uma das três opções depõe contra a sua inteligência emocional. Segundo Gattermayr, uma pessoa com facilidade para gerir emoções não perde tempo culpando ninguém.

A resposta ideal é dizer que isso não importa, e que a energia deve ser direcionada para a resolução do problema”.

6) Aceito mudanças facilmente?
A sua resposta deve ser sincera: você lida bem com as transformações mesmo quando elas tiram você da sua zona de conforto? A capacidade de adaptação está diretamente ligada ao autocontrole. Se você é flexível e consegue acompanhar os movimentos da vida, causará menos sofrimento a si próprio e aos demais.
7) Ao ser atacado verbalmente, o que eu faço?
Esta pergunta serve para checar a sua autodisciplina. Diante de uma agressão, a reação instintiva de qualquer um é revidar ou fugir.

Para quem tem inteligência emocional, essa resposta é mais estratégica. Primeiro escuta o ataque, usa a empatia para captar que tipo de emoção está por trás daquilo e então procura responder a esse sentimento do outro”, afirma a profissional.

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