por Daniele Aronque
Uma pesquisa realizada pelo Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) entre os anos de 1994 e 1998 mostrou que o mercado de trabalho no Estado de São Paulo passou por transformações expressivas. O estudo chamado de “Mulher e Trabalho”, verificou que nesse período a participação feminina no mercado cresceu de 47,3% para 50.9%.
Os números da pesquisa mostram que nesse período de 4 anos, mesmo com as grandes taxas de desemprego, o número de mulheres que ingressou no mercado de trabalho foi cerca de meio milhão a mais que o de homens.
Segundo o Seade, algumas mudanças podem ser destacadas nesse processo:
- o crescimento na participação feminina aconteceu nos níveis extremos de escolaridade (o maior número de recolocações aconteceu com pessoas que tinham o ensino fundamental incompleto e o ensino médio completo)
- houve um aumento na presença de mulheres casadas na faixa dos 25 anos ou mais
- aumento continuado e intenso do grau de instrução, fazendo com que as mulheres tenham um perfil mais favorável do que os homens
- diminuição na diferença salarial. Uma constatação interessante da pesquisa mostra que, mesmo com a diminuição da diferença salarial e um grau de escolaridade maior que o dos homens, a remuneração feminina equivale a 64,3% da masculina
Outro fator de grande importância é que, mesmo tendo superado os homens no número de vagas ocupadas nesses 4 anos, a taxa de desemprego ainda se mostra mais elevada entre as mulheres.
Essa aparente contradição deve-se ao fato de as vagas criadas nesse período serem inferiores ao número de pessoas disponíveis no mercado.
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