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Por Rômulo Martins
 
Para muitas pessoas ela deixou de ser uma atividade lúdica para se transformar em um trabalho sério. O espaço dado à astrologia pela mídia despertou o interesse de estudantes e profissionais em geral pela área, que hoje ganha reconhecimento público. Pelo Ministério do Trabalho, enquadra-se no Código Brasileiro de Ocupações (CBO 5167-05).
Segundo o astrólogo Robson Papaleo, as pessoas que buscam a astrologia estão bastante interessadas no futuro profissional. É evidente que elas podem recorrer a outras ferramentas, como o coaching, mas segundo Papaleo, é o estudo da astrologia que fará o indivíduo entender as manifestações do homem como reações ligadas ao ciclo da natureza: “O interesse pela astrologia vem crescendo porque cada vez mais as pessoas buscam alternativas para o autoconhecimento, para definir rumos e metas e para realizar projetos de vida e carreira, estabelecendo melhor suas direções”.astrologiaeumaprofissao
Para Papaleo a astrologia é uma ciência natural aplicada: “É uma manifestação da natureza que se aplica sobre o homem”, explica. Ele acredita que através dos efeitos da natureza – terrestres e celestes – o ser humano é estimulado a vivenciar situações, a ter respostas, sentimentos, e a visualizar tendências futuras.
De acordo com o astrólogo, o interesse das pessoas pela astrologia também ocorreu por conta das publicações sobre o comportamento humano nas últimas décadas. As previsões astrológicas realizadas por meio de mapas astrais não são reconhecidas pela academia científica, mas as escolas de astrologia estão cada vez mais lotadas. A duração dos cursos varia de três a cinco anos. Para estudar astrologia o aluno deve ter concluído o ensino médio. A categoria é representada por sindicato e associação.
“Nas décadas de 60 a 80 quem estudava astrologia eram donas de casa e artistas. Hoje, frequentam os cursos médicos, engenheiros, executivos, psiquiatras, empresários, arquitetos, pois entendem que por meio de outras técnicas é possível perceber movimentos naturais, tendências, ciclos”, afirma Papaleo, que é formado em arquitetura e atua como astrólogo há 30 anos.
O estudo da astrologia abrange disciplinas como astronomia, leis da natureza, geografia, história, mitologia e mecânica celeste. Papaleo destaca que o astrólogo deve ter capacidade de compreender o ser humano e de encontrar caminhos e repostas para as pessoas. Além disso, é preciso ter boa comunicação, sensibilidade, senso crítico e raciocínio-lógico.
Campo Profissional
Segundo o Ministério do Trabalho, os astrólogos podem atuar em atividades ligadas aos serviços pessoais, no ensino, em empresas privadas ou públicas, fundações e instituições diversas, como autônomos ou empregadores, podendo formar equipe e organizar reuniões de trabalho para análises conjuntas. Podem ainda ministrar cursos, prestar consultoria e trabalhar nos meios de comunicação.
Papaleo, que junto com outros estudiosos ajudou a elaborar o conteúdo sobre a ocupação de astrólogo para o site do Ministério do Trabalho, ressalta que os astrólogos podem ainda auxiliar a área de Recursos Humanos, orientar pessoas em testes vocacionais, contribuir com horóscopos e estatísticas ou realizar outros tipos de previsões. “Em termos profissionais, o astrólogo atua com o intuito de definir metas e rumos. Em termos empresariais, atua na definição dos objetivos institucionais e dos planos e metas para a organização, orientando na modificação de produtos, quebra de paradigmas, reegenheria, relocação de funcionários.”
Fundamento da Astrologia
Segundo Papaleo, por meio do mapa astral, os astrólogos avaliam como as pessoas reagem aos fenômenos naturais. O objetivo é orientar como o indivíduo deve se portar socialmente, no trabalho ou lidar consigo mesmo.
Para os estudiosos da área, as situações planetárias ou movimentos celestes estimulam o ser humano na Terra. São estímulos naturais que fazem com que cada indivíduo reaja de forma diferente em cada situação. A pessoa capta os fenômenos naturais que aconteceram na data do seu nascimento e durante sua vida tem uma predisposição quase que espontânea em responder aos fenômenos da natureza em geral. “É como nas estações do ano. No verão, a temperatura aumenta e as pessoas reagem de uma maneira diferente”, explica Papaleo.
 

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