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Com a intenção de diminuir a desigualdade de gênero no mercado de trabalho, principalmente em profissões onde há mais preconceito, a prefeitura de São Paulo decidiu estabelecer cotas trabalhistas em todas as empresas que operam o transporte público na cidade.
De acordo com um anúncio feito pelo prefeito Fernando Haddad no dia 06 de janeiro, 30% das vagas de trabalho em empresas de ônibus da cidade serão destinadas a pessoas do gênero feminino, iniciativa feita em parceria entre as secretarias municipais de Transportes, de Políticas para Mulheres e de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo.
Atualmente, de acordo com a São Paulo Transporte S.A (SPTrans), 4.903 motoristas e cobradoras de ônibus na capital paulista são mulheres, o que corresponde a 8,7% do total. O metrô não entra na lista por ser da arcada do governo do Estado, e não da prefeitura.
mulherestransporte
Para divulgar a decisão, registrada na Portaria Intersecretarial 002/15-SMT-SMPM-SDTE de 10 de dezembro e publicada no Diário Oficial, o prefeito fez uma viagem de ônibus entre Itaquera e o centro de São Paulo, em um coletivo conduzido por uma motorista, segundo um comunicado enviado à imprensa.
Os 30% de reserva se referem à proporção de todo o quadro de funcionários, sem separação por função ou cargo. As empresas deverão divulgar abertamente toda a disponibilidade de vagas para mulheres.
Ainda segundo o comunicado, a reserva deve levar em consideração o gênero autodeclarado, independentemente dos registros públicos e documentos de identificação. “As mulheres são muito bem-vindas no transporte público como profissionais e esse aprimoramento irá trazer muitos bons resultados, inclusive, no que diz respeito ao assédio dentro dos ônibus. A presença de uma mulher na direção do veículo ou como cobradora vai inibir os maus elementos que desrespeitam a mulher. Essa iniciativa vai humanizar o transporte público na cidade”, afirmou o prefeito na nota.

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