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por Bianca Antunes*

Imagine aprender história da arte vendo, de perto, obras dos artistas italianos mais renomados. Andando pelas ruas em que eles passaram grande parte de sua vida. Podendo comprovar a atmosfera da cidade em que eles viveram. É possível. Existem cursos que combinam um idioma com aulas especiais – como o de italiano com história da arte.

Quem opta por esse tipo de curso pode levar em conta a profissão e buscam um curso que complemente o currículo, ou que ajudem, de alguma maneira, na carreira. Para essas pessoas, um curso de história, literatura ou até mesmo dança, são os ideais.

É preciso, apenas, ser organizado. Afinal, esses cursos exigem dedicação total do aluno, já que ele também estará estudando um idioma. Os horários e freqüências de aulas variam de escola para escola. Alguns são diários, outros são dados três vezes por semana. A dica é observar tudo e se dedicar.

Aprender mais, de uma maneira mais divertida

Há, também, cursos que servem para aprendermos mais sobre a cultura do país, de uma forma mais prática e divertida. A receita, neste caso, é aproveitar os ares diferentes e apostar as fichas em conhecer, por completo, as peculiaridades não apenas do idioma, mas de uma cultura. É o caso dos cursos de culinária, que ensinam pratos tradicionais da cozinha do país destino: não se esqueça de que a comida de um país pode revelar muito mais sobre sua cultura do que se pensa, já que há muita história e tradição envolvidas na produção de uma receita.

Já quem não vive sem praticar algum esporte – radical como surf, ou nem tanto, como o golf – também tem mil e uma opções. Os amantes da natureza e dos esportes aquáticos podem aproveitar para conhecer o fundo de mares longínquos.

Para qualquer idioma, há um curso que pode ser combinado: inglês+mergulho, italiano+culinária, espanhol+dança, enfim, opções é o que não faltam.

Confira o que mais combina com você:

Culinária: Quem aprecia essa arte vai se deliciar com os cursos que combinam idiomas e culinária. Os principais países que oferecem esse tipo de opção são Itália e Espanha – mestres da boa mesa. Na Itália, as aulas são dadas em Capo Vaticano, uma pequena cidade da Calábria, ao sul do país, “na ponta da bota”. São três horas de aulas por dia, durante cinco dias da semana. Na Espanha, o cenário é Salamanca, uma das mais belas cidades espanholas e recheadas de história. Aqui, o prato do dia pode ser a famosa tortilla de patatas, ou a sangria, as tapas, o gazpacho. Tudo isso (e mais) é ensinado nas aulas de culinária, que são dadas três vezes por semana, durante duas semanas.

Dança: Aprenda um idioma no ritmo do país. Essa é a proposta de escolas – principalmente em países latinos, como Espanha e Cuba. Em Havana, capital cubana, há um curso ideal para quem gosta dos ritmos latinos – e com um tempero especial: não é necessário se preocupar com a habilidade do parceiro, pois, ao se inscrever no curso, o aluno “ganha” um parceiro de dança cubano. No repertório, aulas de salsa, merengue, cha cha cha, mambo e rumba. São cinco dias por semana, duas horas por dia. Do outro lado do oceano, fica a encantadora Sevilha, no sul da Espanha. Aqui se encontra a dança que há séculos expressa os profundos sentimentos dos andaluzes (os espanhóis do sul): o flamenco. As aulas são dadas duas vezes por semana, durante quatro semanas.
Mergulho: As opções são muitas, em todas as partes do mundo. Para quem quer ficar no continente americano, uma boa escolha é Cuba. Aqui, o curso é dado para iniciante, com lições na piscina e em mar aberto – além de aulas teóricas. Quem já tem experiência pode ficar apenas com o pacote de mergulho. Na Europa, a ilha de Malta é uma ótima pedida. Aqui, perto da costa sul italiana, em pleno mar Mediterrâneo, é possível praticar suas habilidades no mergulho. São três lições na piscina, três mergulhos em mar aberto e três lições teóricas. Quem já tem experiência, pode aproveitar o pacote de seis mergulhos. Em mares ainda mais distantes, está a agitadíssima Sydney, na Austrália. O curso de mergulho é dado aos finais de semana – ao todo, são cinco dias.

Literatura: Aos amantes da poesia de Federico Garcia Lorca, a escola Don Quijote, em Granada, reserva um curso especial. São seminários de especialização sobre o poeta, com visitas a lugares em que ele passou parte de sua vida. O curso é dividido em duas partes: a primeira, com aulas de espanhol (quatro horas por dia). A segunda parte são seminários sobre Lorca (duas classes por semana, de uma hora e meia cada); mais visitas a museus e lugares em que freqüentava – como a casa-museu FDL e a casa Mariana Pineda. Há, também, shows musicais e de poesia, além de filmes.

História: Para os interessados em saber sobre o passado das nações, cursos de história são a melhor opção. Há, ainda, os cursos de história da arte, principalmente na Itália, país berço de artistas renomados, como Leonardo da Vinci e Michelangelo. Em Florença, Itália, uma das cidades mais lindas e culturais do mundo, é possível aprender sobre arte vendo de perto as obras originais nos museus. O curso, de quatro semanas, é oferecido durante a tarde, combinado com curso de italiano pelas manhãs. O programa enfatiza a época renascentista na cidade. Na França, é possível aprender um pouco sobre a cultura francesa e a vida contemporânea no país. Entre os tópicos em estudo, destacam-se: pintura, vinhos finos, história de Paris e cinema. É necessário ter nível intermediário de francês.
Esportes: Aproveitar as férias para praticar o esporte favorito – ou aprender um novo. As opções são muitas: surf e golf na Austrália, ski em Bariloche, tênis, enfim, o que der vontade de fazer para movimentar um pouco os músculos – além de aprender um outro idioma. Em Bariloche (somente na temporada de inverno), é possível combinar curso de espanhol com prática de ski. Já na Austrália, é possível escolher entre aulas de golf, tênis e surf.
* Bianca Antunes é jornalista e repórter do Canal de Cursos.

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