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Por Rômulo Martins
 
Decisões tomadas com base apenas nas emoções podem prejudicar sua imagem e carreira. Quem afirma é Vera Martins, especialista em medicina comportamental, diretora da Assertiva Consultores e autora de “Seja Assertivo” e “Tenha Calma”, ambos publicados pela editora Campus.
“Especialmente nas empresas em que o ambiente humano se caracteriza por pressão por resultados, competitividade, convivência com diversidade e insegurança torna-se necessário gerenciar as emoções”, diz a especialista.
Como? Segundo Vera, buscando desenvolver as competências estratégicas, técnicas e comportamentais valorizadas pelo mundo corporativo. “Quanto mais desenvolvido, mais seguro fica o profissional, e melhor é seu equilíbrio emocional.”
O equilíbrio das emoções pode ser alcançado ainda nas tarefas do dia a dia, sinaliza Vera. “Quando um indivíduo realiza atividades prazerosas como caminhada, ginástica, diverte-se com os amigos, dedica-se à leitura, faz passeios em lugares agradáveis ou assiste a um filme relaxante já está fortalecendo o organismo contra as pressões do trabalho.”
Segundo a psicóloga Stefania Giannoni, consultora e especialista em liderança, profissionais que possuem bom relacionamento familiar e investem em sua vida pessoal, grosso modo, reagem de forma controlada frente às situações hostis do âmbito corporativo. “Quando estamos bem há um reflexo no nosso comportamento no trabalho. Demonstramos contentamento e harmonia naquilo que estamos desenvolvendo.”
Vera Martins aponta que existem ainda estratégias de fortalecimento psicológico que ajudam o profissional a gerenciar as emoções no trabalho. “Trata-se de técnicas cognitivas, como por exemplo, a ressignificação de crenças e pensamentos disfuncionais e irracionais que conduzem o profissional a emoções negativas e aos comportamentos defensivos, como fuga, agressão ou manipulação.”
Vida pessoal versus profissional
Você já deve ter ouvido que problemas pessoais não devem ser levados para o ambiente profissional, certo? Mas segundo a especialista em medicina comportamental Vera Martins, é impossível separar completamente um campo do outro. No entanto, ela afirma que o profissional deve desenvolver sua inteligência emocional, direcionando os sentimentos para o campo produtivo.
“Utilizando a razão sem reprimir as emoções o profissional toma consciência dos seus sentimentos, entende as razões, ressignifica o pensamento negativo que as gerou, e por fim se pergunta: o que posso fazer para resolver a situação?.”
Ainda segundo Vera, para lidar melhor com as hostilidades do mundo corporativo, é preciso ter paixão pela profissão e enxergar o chefe e os colegas de trabalho como parceiros de time. “Quando surgir emoções negativas seja assertivo e expresse com naturalidade e respeito o que está sentindo, sem acusações e agressividade. Foque no problema, não na pessoa.”

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