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A teoria das múltiplas inteligências foi desenvolvida pelo psicólogo norte-americano Howard Gardner, entre o final dos anos de 1970 e meados dos anos 1980.
Segundo ele, o conceito até então existente sobre inteligência – que avaliava somente a capacidade de raciocínio lógico de um indivíduo através do Quociente de Inteligência (QI) – não era suficiente para descrever a grande variedade de habilidades cognitivas dos seres humanos.
Em sua percepção, uma pessoa pode desenvolver um ou mais tipos das inteligências a seguir: lógica, linguística, corporal, naturalista, intrapessoal, interpessoal, espacial e musical.
Agora, em termos concretos, o que afeta a vida de um indivíduo ter conhecimento sobre esses tipos de inteligência no ambiente corporativo?
Bem, primeiramente, desmistificar que não há pessoas inteligentes. Em linhas gerais, um indivíduo é sempre inteligente. Deve-se avaliar quais das inteligências ele possui mais destacadas.
Em segundo lugar, nos faz perceber que, se todos somos inteligentes, não somos melhores do que outros, somos somente diferentes, ou seja, nos tornamos mais humanos e até humildes.
Há também um terceiro lugar: se um profissional sabe qual o tipo de inteligência que possui mais aflorada, consegue se beneficiar disso em sua vida cotidiana.
Por exemplo, uma pessoa que possui duas das inteligências em destaque: lógica e espacial. Se utilizar seu potencial nato, poderá se tornar alguém que trabalha com engenharias, cálculos, processos organizacionais e desenvolvimento de produtos, pois, em sua essência, é capaz de perceber mais facilmente aspectos intrínsecos dessas operações.
Como as múltiplas inteligências no ambiente de trabalho afetam a vida dos trabalhadores
Da mesma forma, um indivíduo que possui desenvolvidas as inteligências linguística, corporal e musical, poderá potencializar sua carreira em algo relacionado às artes cênicas, criação de cenários, música, cinema, TV e teatro. É o perfil de um artista.
Em verdade, o que temos de fazer é tomar consciência sobre os tipos de inteligências que mais nos favorecem (e aqueles que nos são menos desenvolvidos), e estabelecer estratégias potencializadoras para auferirmos resultados melhores e mais efetivos.
Um último aspecto a ser destacado é na rotina diária no trabalho. Uma vez identificadas as inteligências que mais favorecem um trabalhador, ele próprio, bem como o seu superior, podem focar nos recursos e habilidades mais congruentes com suas inteligências.
Se um colaborador é mais meticuloso, mais lógico e estruturado, ele pode, por exemplo, ser direcionado para tarefas que sejam mais sistemáticas e repetitivas, enquanto que outro, mais sociável, que se relaciona melhor com as pessoas e possui habilidades de comunicação mais claras, seja direcionado para atendimento ao cliente ou vendas.
A ideia de utilizar as múltiplas inteligências em nosso dia a dia é tão salutar que pode nos beneficiar em todas as áreas de nossas vidas. Uma vez que nos conhecemos, estaremos aptos a maximizar aquelas que temos mais desenvolvidas e mitigar os efeitos daquelas que temos menos favorecidas.
O aforismo “Conhece-te a ti mesmo“, que alguns dizem ter sido escrito pelo filósofo grego Sócrates (479-399 a.C.), está presente na entrada do templo de Delfos, na Grécia, construído em honra a Apolo, o deus grego do sol, da beleza e da harmonia.
Esta frase já nos revelava a importância de entendermos quem somos para que possamos seguir nossa jornada com maestria. O autoconhecimento é a chave do sucesso. Conhecer quais inteligências cada um de nós tem em destaque é um grande passo para a excelência!
colunista alexandre prado

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