Carreiras | Empregos

Dizer que as empresas exigem cada vez mais dos candidatos já se tornou repetitivo. Hoje, as mudanças são as maiores certezas do mundo globalizado, por isso, além de acompanhar as inovações e se diferenciar dos demais, o profissional precisa ser ágil, flexível e ter espírito empreendedor.
Para João Florêncio Bastos Filho, consultor de carreira há 22 anos e CMC -Certified Management Consultant pelo ICMCI – International Council of Management Consulting Institutes, uma das premissas para o sucesso profissional é desvincular a imagem da carteira assinada de uma ocupação profissional. “Atualmente, o trabalho de um profissional pode ser prestado por hora, tarefa ou produção, não necessariamente através de um contrato tradicional, ou seja, CLT. É sabido também que o ambiente de trabalho é, constantemente, influenciado por redes de relacionamento ou informações que estão fora das organizações que, em algum momento, podem representar a fronteira a ser transposta. Daí a importância do espírito empreendedor”.
O especialista afirma ainda que aqueles que “trabalham suas qualidades” são disputados no mercado e têm alto grau de empregabilidade, mas é preciso acompanhar as exigências do mercado, inclusive da própria empresa que atua: “As pessoas, quando trafegam por uma estrada com os seus veículos, devem respeitar a sinalização, obedecer aos limites de velocidade e ter a devida habilitação para dirigir. Se estas condições não forem respeitadas, as pessoas ficam sujeitas às penalidades que serão aplicadas pelos órgãos responsáveis pelas leis de trânsito. Por analogia, os profissionais, ao longo de suas carreiras nas organizações, também devem respeitar os sinais emitidos pela cultura organizacional, os limites dos territórios entre os departamentos, a hierarquia formal, o fluxo de poder informal e ter a devida qualificação e, mais recentemente, possuir algumas certificações que são oferecidas por determinados fornecedores”.
Portanto, a empregabilidade é muito mais do que a capacidade que o profissional tem de conseguir novas oportunidades de emprego, de se manter no trabalho e de conseguir promoções no cargo em que atua. Ela é explicada pelas ações realizadas pela pessoa com o objetivo de desenvolver habilidades e competências individuais, além de buscar conhecimentos para a sua colocação no mercado de trabalho. Segundo especialistas, a empregabilidade não depende apenas dos investimentos que uma empresa possa exercer sobre seu funcionário. É o próprio profissional que deve manter e seguir seu projeto de carreira, adquirindo e/ou aperfeiçoando habilidades importantes para desempenhar um serviço em sua totalidade. “Se o profissional der sorte de atuar em um grupo que ofereça treinamentos e cursos, ótimo. No entanto, sabemos que isso está limitado a algumas empresas. Portanto, é preciso investir na própria educação, seja por meio de palestras, cursos gratuitos, e outros meios de capacitação profissional”, afirma o consultor.
Ainda de acordo com Bastos, uma das maneiras de medir o nível de empregabilidade é realizar uma espécie de pesquisa com pessoas isentas e que de alguma forma estão ou já estiveram diretamente ligadas ao seu trabalho: “De um modo honesto e claro, pergunte aos seus antigos chefes, supervisores, clientes, colegas ou ex-companheiros de empresa sobre sua função e qual a visão deles sobre o seu trabalho. Através desse “feedback”, é possível esclarecer alguns pontos fortes e fracos a seu respeito, o que vai proporcionar maior controle sobre suas habilidades (que devem ser destacadas), e sobre seus defeitos (que devem ser corrigidos gradativamente)”.

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