Carreiras | Empregos

por Rogério Martins*
A expressão “benchmark” é comumente utilizada no meio empresarial para definir estratégias de comparação e balizamento entre empresas, produtos e serviços de sucesso. Em outras palavras, as empresas utilizam a técnica do “benchmark” para conhecer quem faz melhor algum produto ou serviço, e a partir daí aprender com suas estratégias de sucesso e erro. Afinal, para se atingir o sucesso é necessário arriscar e quem arrisca está exposto às duas situações.
O importante disso tudo é poder tirar o melhor proveito destas lições que a vida e os negócios nos dão. Estar aberto para reconhecer que o trabalho do outro é melhor do que o meu e, portanto, procurar conhecer como ele fez para alcançar este sucesso. Com base neste princípio é possível eliminar algumas etapas que não deram certo para o outro, e assim ganharmos tempo e dinheiro investindo corretamente em uma estratégia vencedora.
O fato é que a técnica do “benchmark” até então sempre foi associada a produtos, negócios e serviços. O que proponho aqui é fazermos o “benchmark” de pessoas. Como? Muito simples: sabe aquela pessoa que você admira por ser muito conhecida entre o meio social, sempre procurada pelos amigos, constantemente rodeada de pessoas importantes? Então, verifique que características esta pessoa possui que a tornam interessante e que a deixam como um “astro” por onde passa. Você perceberá que muito desta pessoa também aplica-se a você, mas é preciso estar atento para saber como utilizar corretamente. E a estratégia do “benchmark” poderá nos ajudar nesse sentido.
Outra forma de exercer o “benchmark” de pessoas é fazendo uma lista de personalidades conhecidas e ao lado desta lista, você relacionar as principais características que admira nestas pessoas. Por exemplo: Gandhi – grande paciência e habilidade para negociar; Jô Soares – facilidade para a comunicação e improviso; Pelé – gerenciamento da própria imagem e carreira; Ayrton Senna – superação de seus limites, perseverança e autocontrole; Bill Gates – visionário; Guga – humildade, bom-humor e carisma. Pense em outras pessoas que autuam no mesmo segmento que você, ou que as habilidades e características sejam parecidas.
Com esta lista em mãos, o próximo passo é realizar uma auto-análise, comparar suas habilidades e características pessoais para buscar subsídios para seu desenvolvimento. Onde você se percebe parecido com alguns dos listados? Em quais habilidades você nota estar mais defasado? Observe mais pessoas, amplie sua lista, avalie-se constantemente para saber se está conseguindo aprimorar-se. Converse com amigos e parentes para obter mais informações sobre como as pessoas o vêem, enfim, busque informações que possam ajudá-lo a desenvolver-se constantemente.
A lista em questão não precisa necessariamente conter pessoas famosas ou conhecidas, mas aquelas que você admira por seus atos, postura, habilidades, como seus pais, amigos, professores, parentes, vizinhos, etc.
Vale ressaltar que a prudência e o equilíbrio interno são fundamentais para iniciar este trabalho; afinal, não estou propondo que as pessoas mudem suas características pessoais para serem iguais a astros, personagens famosos e esportistas, mas sim um cidadão melhor para si e sua comunidade. O “benchmark” de pessoas é uma estratégia de desenvolvimento pessoal e assim deve ser utilizado.
Em tempo, “benchmark” não significa copiar alguém ou algo, mas aprender com suas características e utilizar estes ensinamentos em seu próprio benefício. Portanto, mãos à obra, pois temos muito o que fazer. Sucesso!
*Rogério Martins é Psicólogo, Consultor para o Desenvolvimento Pessoal e Organizacional e Diretor da Persona Consultoria & Eventos.

Avalie:

Comentários 0 comentário

Os comentários estão desativados.