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por Camila Micheletti
Felício Fajolli é diretor de logística expressa para a América do Sul da DHL, líder na indústria internacional de serviços expressos e logística. Tem 54 anos e há pelo menos 30 atua na área. Já passou por indústrias do porte da Johnson & Johnson e Kimberly & Clark. Está na DHL há três anos, onde seu primeiro desafio foi aprender a trabalhar do outro lado do balcão: o de uma empresa prestadora de serviços, e não o da indústria.
Suas principais atribuições são fazer a empresa atender toda a América do Sul -hoje, X países são atendidos. Também administra a cadeia de suprimentos para clientes high-tech e desenha as soluções logísticas que atendam as necessidades desses clientes. Felício é um exemplo de profissional muito bem-sucedido em um setor que vem crescendo rapidamente no Brasil.areadelogisticacresceegerademandapornovosfuncionarios
“Estima-se hoje que mais de 10 mil empresas atuem diretamente no segmento”, afirma Alexandre Rocha, engenheiro especialista em logística pela PUC/PR e vice-presidente da Associação Brasileira de Logística do Paraná (ASLOG/PR). A previsão é que, em 2004, a área de logística apresente um crescimento em torno de 30%, alavancado pelo bom desempenho brasileiro nas exportações.
A verdade é que as empresas nunca estiveram tão atentas aos especialistas em logística, o que tem valorizado e levado às alturas os salários nesse segmento. Os salários começam em torno de R$ 1 mil para trainees e podem chegar a R$ 3 mil para os analistas. No nível gerencial, a média salarial gira em torno de R$ 8 mil ou mais, dependendo da empresa e da experiência do profissional. Diretores podem chegar a ganhar mais de R$ 20 mil, de acordo com especialistas.
Tudo isso porque a prática tem mostrado que quanto mais se investe em logística, menos se perde em termos de lucro e rendimentos. Estudos mostram que de 10 a 15% do preço final de um produto é destinado à logística. Por isso, o grande desafio do setor é colocar o produto no lugar e no tempo certos, nas condições desejadas pelo consumidor.
De acordo com Alexandre Rocha, este crescimento não é uma moda que vai embora em alguns anos, o investimento em logística é urgente e necessário porque os empresários ainda perdem muito com a falta de estruturação e normatização dos processos. “A logística é o segundo maior custo nas empresas: só perde para o produto. Já é hora desse ranking começar a mudar”, alerta.
O executivo da DHL completa dizendo que a logística foi identificada como ponto de vantagem competitiva nas empresas, dentro do supply chain e da cadeia de suprimentos das companhias. “Qualquer empresa pode produzir um produto – um xampu, por exemplo, se esse for o seu expertise. O fator de sucesso é a logística permitir que ele esteja sempre no ponto de venda”.

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