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Véspera de Jogos Olímpicos, a cultura brasileira atrai os olhares de todo o mundo – e não apenas nos esportes.
Por natureza, a cultura do Brasil tende a ser mais aberta para o que é novo ou diferente. Mas, mesmo assim, temos alguns pontos de choque quando em contato com outros povos. Principalmente, quando o cenário para este encontro é o mercado de trabalho.
As atitudes listadas a seguir, são fruto de uma reputação mais geral criada pelos brasileiros no mundo corporativo e baseadas nas experiências de especialistas no assunto. Confira:
1-Rodear e rodear para, enfim, chegar ao ponto
O principal desafio do brasileiro ao lidar com outras culturas está, vejam só, na comunicação. E não é só uma questão de fluência em outro idioma. O que “pega” para os estrangeiros é a maneira como nos expressamos.
O brasileiro precisa explicar antes de chegar ao ponto. “Os anglo-saxões em geral, vão direto ao ponto: falam primeiro o que querem e, depois, tecem uma conversinha conforme o que o outro pede”, diz a consultora Jussara Nunes, da LCO Partners, que vive há 11 anos na Holanda.
2-Usar o “sim” como um “talvez”
Segundo Jussara, com receio de ferir com quem estamos falando, não somos totalmente francos ou diretos.
Assim, o “sim” vira “talvez”; o “talvez”, “não” e o “não” propriamente dito nunca aparece – nas promessas, é claro, porque na prática, está presente o tempo todo. Diante disso, estrangeiros tendem a ficar confusos e, no pior dos cenários, frustrados.
3-Querer amigos, não colegas
Na prática, mais do que alguém que ajude a conseguir bons resultados, o brasileiro quer trabalhar com pessoas com quem seja fácil se relacionar.

O brasileiro tende a focar no relacionamento. Primeiro, ele tem que confiar e se dar bem. Depois, vem a tarefa”, diz Jussara.

Isso se materializa, por exemplo, nas conversas pessoais antes de começar uma reunião.
4-Buscar exceções o tempo todo
Nosso cotidiano é repleto de exceções. É o código de conduta que não é seguido à risca; a lei que, na prática, “não é bem assim” e por aí vai. Isso não é válido em outras culturas.
Quando em contato com outras linhas corporativas, o brasileiro, além de ler, precisa seguir o manual – sem criar atalhos.
5-Não andar no ritmo dos ponteiros
Uma consequência desta cultura de flexibilidade é a maneira como lidamos com o tempo. Atrasos fazem parte da rotina de muitas corporações por aqui. Quantas vezes, por exemplo, você foi pontual e teve que esperar alguns bons minutos para que a reunião começasse?
Em outros países ou culturas, esta rotina é quase um insulto. E não levar isso em conta quando você trabalha em equipes multiculturais, pode ser danoso para a sua própria carreira.

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