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Fique por dentro das mudanças no FIES! - Fonte Shutterstock

Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é uma boa opção para estudantes que desejam ingressar em um curso superior ou fazer uma pós-graduação, mas que não têm condições de arcar com todas as despesas. Muitos brasileiros buscam este financiamento, com juros que variam de 1,9% a 2,5% ao mês, para aumentar suas oportunidades no mercado de trabalho. Se esse é o seu caso, você deve ficar atento às mudanças no FIES que ocorreram a partir de 2018.

O programa sofreu alterações na taxa de juros, no tempo para quitação do saldo devedor e aumentou a faixa de rendimentos para os interessados na utilização do financiamento. O aluno que já havia assinado o contrato antes de 2018, tem a opção de fazer a migração para as novas regras. Entre as novidades, também está a criação de mais uma modalidade de financiamento.

Quais são as regras e quais as mudanças no Fies?

Aqui estão as principais alterações:

Fim da carência

As novas regras do FIES estabelecem o fim do prazo de carência. Anteriormente às mudanças, o período era de 18 meses para o estudante recém-formado começar a pagar o financiamento. Agora, o financiamento deve começar a ser pago no mês seguinte após a conclusão do curso, e somente se o recém-formado estiver trabalhando. O tempo para quitação da dívida será de 14 anos.

O valor do financiamento será debitado do salário do trabalhador que tiver emprego formal, por meio do eSocial. Mas, se o estudante não apresentar renda, o saldo devedor poderá ser pago em mensalidades equivalentes ao pagamento mínimo do financiamento.

Pagamentos de atrasados

Existem casos em que o aluno tem dificuldades para quitar a dívida do FIES. Para essas situações, foi criado o Programa Especial de Regularização do Fies.
Este programa torna possível para o devedor, que tem parcelas vencidas até 30 de abril de 2017, fazer a quitação de 20% do saldo, em cinco vezes. As demais mensalidades, no entanto, poderão ser pagas em até 175 parcelas.

Valor das parcelas

Agora, a mensalidade da dívida do financiamento não pode ultrapassar os 10% da renda mensal do profissional.

Valor mínimo a ser financiado

A partir da segunda edição de 2018, o Ministério da Educação assegurou aos alunos o direito de financiar pelo menos 50% da mensalidade do curso.

Taxa de juros

Em 2018, as taxas de juros aplicadas ao financiamento estudantil passaram a ser entre 0%, 3% e 6,5% ao ano, isto é, o valor a ser pago depende do tipo de contrato feito entre o aluno e as instituições financeiras.

Contratos anteriores

O aluno que já havia assinado o contrato antes de 2018 tem a opção de fazer a migração para as novas regras.

Fundo Garantidor

A mudança no FIES também contempla o Fundo Garantidor do FIES (FG-FIES), que será de adesão obrigatória pelas faculdades que participam do programa. Esse é um fundo garantidor de crédito para os financiamentos formados, principalmente, por recursos das instituições de ensino, contando também com o aporte da União.

Longevidade

Essas alterações no FIES, de acordo com o Ministério da Educação, têm como meta assegurar a longevidade e continuidade do programa de financiamento estudantil para gerações futuras.
Informações do governo revelam que a taxa de inadimplência dos estudantes participantes atingiu 50,1% e que em 2016, o rombo fiscal ficou em torno de R$ 32 bilhões. Com as novas regras, o governo espera que a taxa de devedores fique em torno de 30%, garantindo assim um respiro econômico para o fundo.

Afinal, qual a principal mudança no FIES?

O FIES, desde 2018, passou a ter duas modalidades. A primeira não mudou e continua destinada a estudantes, cuja renda familiar soma até três salários-mínimos/mês por pessoa, com juros igual a zero e com limite de cem mil vagas por ano.
A segunda, é o P-Fies. Novidade destinada a estudantes com renda familiar de três a cinco salários-mínimos por pessoa, com juros que variam de acordo com o banco em que foi feito o empréstimo e sem limite de vagas.

Além disso, existe um tipo de contrato que ainda está em fase de elaboração. O que foi revelado até o momento, é que a renda familiar bruta também será de até cinco salários-mínimos per capita. A taxa de juros ainda não foi divulgada, mas deve permanecer em torno de 6,5% ao ano.

Por que é importante aumentar o grau de escolaridade?

Com um mercado cada vez mais competitivo, é preciso somar esforços para ter diferenciais na hora de disputar uma vaga de emprego. Diante dessa realidade, é necessário investir na educação e em novas qualificações para manter-se à frente dos concorrentes.

Dados levantados pela pesquisa do economista Marcelo Néri da FGV-RJ, divulgados pela Revista Isto É, revelam que algo em torno de 11,6% é a média de crescimento do salário do trabalhador brasileiro, por até quatro anos de estudo. Mas, se o número de anos de estudo crescer de 14 a 18 anos, o impacto será cerca de 35,6% por ano em sala de aula!

Diante desses números, fica claro que investir em uma faculdade e em uma pós-graduação, é um fator primordial para elevar a sua renda!
O pesquisador também revela que a educação ainda é o fator mais importante para a composição dos salários. Logo, investir em cursos voltados para a qualificação ainda é a melhor alternativa para quem busca uma melhor posição no mercado de trabalho e também aumentar os seus rendimentos.

Como vimos ao longo deste post, as mudanças no FIES foram benéficas para aqueles que desejam aumentar seu grau de escolaridade para garantir um bom emprego e uma renda melhor ao final do curso de graduação ou pós-graduação.
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