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“Contrata-se Vendedor Júnior”. “Vagas para Analista de Marketing Pleno”. “Procura-se Consultor de Carreira Sênior”.
Não raro essas expressões acompanham os anúncios de emprego nos jornais, na internet ou nas consultorias de recursos humanos. Muitas vezes aparecem encurtadas – JR, PL, SR. Afinal, o que elas significam? Você sabe em qual sigla se enquadra?
Segundo especialistas, as nomenclaturas têm a ver com a formação (ou competências), tipo e tempo de experiência profissional. “Quem está no início da carreira assume funções básicas. É enquadrado, portanto, no nível júnior”, explica Melissa Campos, da MCampos Consultoria.
Diferença entre júnior pleno e sênior
O coach Homero Reis, presidente da Homero Reis e Consultores, afirma que o nível profissional está atrelado às responsabilidades que o indivíduo tem ao assumir um cargo. “Antes essa definição era feita com base no conhecimento e tempo de experiência. Hoje a habilidade relacional ou comportamental é tão importante quanto os outros requisitos”.
Segundo a consultora Melissa Campos, o profissional pleno possui nível de maturidade para tomar algumas decisões, desde que endossadas por um superior. Já o sênior tem autonomia suficiente para responder por um projeto ou negócio.
Melissa explica a ligação entre formação e nível profissional. “Digamos que o júnior precisa de uma graduação, o pleno de uma especialização e o sênior de duas ou mais especializações e fluência em um idioma estrangeiro”.
Vale lembrar que os níveis júnior, pleno e sênior impactam diretamente na remuneração do profissional.
Não se prenda aos nomes
De acordo com os consultores de carreira, os profissionais não devem se prender a essas nomenclaturas. “O que é júnior para uma empresa pode não ser para outra”, aponta Melissa. A especialista ressalta que a classificação vai depender do porte e da cultura empresarial. “Atenha-se ao que a empresa pede”.
O consultor Homero Reis concorda. “Não há um padrão para esse tipo de classificação no universo corporativo. A nomenclatura vale muito mais para descrever as competências, ou seja, as atitudes e habilidades que o profissional possui. Isto tem muito mais visibilidade no currículo do que uma designação”.
Segundo o consultor, o profissional só deve mencionar o nível no currículo se puder comprovar. “Se o indivíduo é filiado a um instituto que o credencia como profissional master, por exemplo, tudo bem. Agora, se ele não tem como comprovar o título, é melhor não citar”.
Entenda a diferença entre os níveis*
 

Nível
Tempo de experiência
Formação
Responsabilidades
Trainee
2 a 2 anos e meio
Recém-graduado
Tarefas de pequena ou média complexidade em área(s) específica(s). Elabora projetos (sob supervisão)
Junior (JR)
até 5 anos
Recém-graduado
Funções de procedimentos simples ou que não exigem profundo conhecimento em um ramo de atuação
Pleno (PL)
6 a 9 anos
Pós-graduado
Atividades específicas, que exigem profundo conhecimento. Toma decisões endossadas por um superior.
Sênior (SR)
a partir de 10 anos
Pós-graduado + Gestor
Toma decisões. Age de forma autônoma, com base no conhecimento e experiências adquiridos ao longo da carreira. Gere pessoas e projetos.
Master
15 anos ou mais
Pós-graduado + Gestor + Certificações
Atua fora do processo de supervisão ou por demandas. Gere projetos / negócios. Possui autonomia plena.

 

*fontes: Homero Reis (Homero Reis e Consultores) e Melissa Campos (MCampos Consultoria).
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