Carreiras | Empregos

Por Rômulo Martins
Enquanto algumas profissões chamam pouca ou nenhuma atenção no mercado de trabalho outras ganham força e status e demandam grande número de profissionais qualificados. É o caso de atividades ligadas à indústria petrolífera e de gás. “A procura por profissionais nessa área está relacionada à descoberta do pré-sal”, aponta o consultor de carreiras Nelson Fender.
Outra área em alta é a de engenharia civil, que hoje lida com a escassez de mão de obra qualificada. Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas aponta que, apesar do aumento da escolaridade e dos salários, apenas 17,8% dos ocupados na construção frequentaram curso de educação profissional.
“A formação tecnológica na área de engenharia civil é bem vista no mercado. Algumas empresas até patrocinam o curso tamanha a escassez de mão de obra na área”, afirma o consultor Fernando Montero da Costa, diretor de operações da Human Brasil.
A demanda por profissionais na área da construção está sendo puxada pelo boom econômico e pela Copa do Mundo 2014 e Olimpíadas Rio 2016. Turismo e hotelaria são outros campos aquecidos pelos eventos esportivos de nível mundial a serem realizados no Brasil. “Turismo é uma área interessante com poucos profissionais qualificados”, diz Costa.
No entanto, mesmo que essas atividades sejam uma promessa no mercado de trabalho, Fender alerta que a pessoa não deve se pautar apenas por este item na escolha da carreira. “São três os pilares que sustentam a escolha: o autoconhecimento, como o mercado vê a atividade e os interesses e aptidões individuais para seguir a profissão.”
Outras áreas
Segundo Nelson Fender, a área de tecnologia da informação continua em destaque, já que todo procedimento empresarial depende da tecnologia. Entra aqui todas as atividades providas dos recursos da computação, como a programação web. “O mercado paulista está apurado nesse campo. As empresas do ramo tendem a investir em outros Estados.”
Atividades ligadas ao público idoso, de acordo com Fender, também são promissoras, uma vez que a população idosa no Brasil vem aumentando. Entre elas, a de gerontologista (profissional que estuda os fenômenos do envelhecimento humano), home care (profissional da saúde que trata o paciente nas residências) e cuidador de idosos.
Na lista das profissões em alta estão atividades na área de entretenimento. “A tecnologia entra para facilitar a vida das pessoas, que acabam tendo mais tempo para se divertir. Além disso, a renda do brasileiro aumentou e o país está crescendo”, afirma o consultor Nelson Fender.
Claudio Queiroz, consultor empresarial e autor de “As competências das pessoas” (DVS Editora), considera promissoras todas as profissões que não podem ser substituídas pela máquina. “É extremamente importante que a pessoa faça uma pesquisa criteriosa sobre a relação da profissão com o talento individual. Se destacará quem usar seu talento na profissão escolhida.”
Área técnica
Segundo o consultor Fernando Montero da Costa, faltam especialistas no mercado. O consultor afirma que os cursos de tecnologia costumam proporcionar boas oportunidades de carreira. “São cursos de curta duração e uma certeza de recolocação no mercado.” Além das áreas já mencionadas, Costa destaca como prósperos os segmentos de engenharia de produção, mecatrônica e robótica.

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