Por Vivian Maerker*
 
Trabalhar a empregabilidade é a regra número 1 para a sobrevivência no mercado atual de trabalho, pois é o resultado de um conjunto de valores e ações que deixam o profissional atrativo para o mercado. É a sua capacidade de continuar sendo empregável – pelo mercado e pela empresa onde está hoje.  E isto inclui adequação vocacional, competência profissional, aperfeiçoamento, entre outros fatores.
Então, como melhorar a empregabilidade e estar sincronizado com o mercado de trabalho? 
Antigamente, um bom profissional era o especialista: aquele que conhecia muito de um único assunto e que passava muito tempo numa única empresa (muitas vezes sua carreira era toda construída em uma empresa). Posteriormente o generalista passou a ser valorizado pelo mercado de trabalho, pois conhecia um pouco de tudo e trabalhou em várias empresas ou departamentos, adquirindo um pouco de conhecimento sobre vários assuntos. Hoje o mercado busca os especialistas-generalistas: profissionais que tenham uma visão ampla do mundo corporativo e que preferencialmente tenha trabalhado em diversos departamentos, mas que ao mesmo tempo, tem um foco de carreira e trabalho, uma especialidade.
Resumindo, podemos dizer que estar sincronizado com o mercado é ter a flexibilidade de mudar a todo momento, adequar-se a novas realidades e estar preparado para quando a oportunidade ou a necessidade surgir. A carreira é o maior empreendimento de um profissional e, como tal, deve ser concebido como um negócio, que precisa de estratégia, planejamento, implantação e acompanhamento.
As possibilidades de aperfeiçoamento, por exemplo, são tantas, que até nos confunde: estudar fora ou investir em uma pós graduação, fazer um curso de 2 dias ou de 2 meses, mudar de área ou crescer na mesma? Como escolher um curso?  Qual é o melhor? Nenhum. Todos. Depende das necessidades, prioridades, satisfações de cada um de nós. E depende, especialmente, de 4 fatores:

• Do seu momento de vida;
• Do que você já fez até agora;
• Do que você sente falta em termos de preparação, para melhorar sua performance no trabalho;
• Do que tem a chance de usar no seu trabalho atual ou em seu foco futuro (a curto prazo) de trabalho.

Ao escolher um curso de pós-graduação, você deve levar em conta as seguintes questões:
1- Para escolher a área do curso: qual curso pode somar conhecimento ao que já adquiri na faculdade? Fazer uma pós-graduação no mesmo curso que fez na graduação pode ser uma repetição de idéias.
2- Procure um algo a mais, que possa acrescentar à sua formação inicial. Se seu curso superior foi generalista, procure um curso mais direcionado à sua função específica ou á área de atuação/segmento de sua empresa. Por exemplo: Se você estudou administração (curso generalista) e atua na área comercial de uma empresa de tecnologia, pode fazer uma pós-graduação em vendas e negociação ou na área de tecnologia (específica). No caso de um curso muito específico, procure agora um foco mais amplo, que lhe possibilite ter uma visão mais complexa sobre seu ambiente de trabalho. Exemplo: Se você estudou Gestão de Recursos Humanos (específico), poderá fazer um curso de gestão empresarial (generalista).
3- Escolha uma instituição onde o curso tenha uma boa referência por ex-alunos, seja um complemento em seu currículo e com alunos que possam contribuir com suas experiências. Um bom curso depende, sem dúvida, de uma boa classe de colegas.
4- Preste atenção especial ao conteúdo programático – este pode ser um grande diferencial entre tantos cursos oferecidos. Escolha aquele que se adéqua melhor às suas expectativas e com o qual você se identifica mais.
É tempo de escolher, e suas escolhas determinarão seu futuro e sua vida. Boa sorte!
*Vivian Maerker – Gerente de Recursos Humanos da SEC Talentos Humanos, especialista em gestão de carreira e coach para a área administrativa e secretarial; palestrante, conferencista e autora do livro “Manual de Carreira: identifique e destaque o talento que existe em você”, Editora Saraiva, 2009.