Carreiras | Empregos

por Camila Micheletti

Você já pensou em mudar para um dos melhores países do mundo para se viver, segundo relatório da ONU? Pois saiba que morar e trabalhar no Canadá não é um sonho impossível. Se você tem espírito empreendedor, experiência em gerenciamento de negócio próprio, capital suficiente para montar uma pequena ou grande empresa, e acha que o seu futuro e o de sua família estão no Canadá, você pode se tornar um empresário de sucesso no País.

O Programa de Imigração de Negócios do governo canadense existe para encorajar e facilitar a admissão de pessoas interessadas em abrir, manter ou comprar algum negócio ou fazer um investimento no Canadá. “Pode ser qualquer tipo de negócio, desde que haja a aprovação das agências governamentais. Mas a maior demanda ocorre para abertura de restaurantes, agências de viagens e lojas (de roupas, moda praia e até peças para automóveis). Depende muito da região que o empresário decidir explorar: Em Quebec, por exemplo, o quente é a indústria aeronáutica e a biotecnologia. Na região das Pradarias, que é a área central, o mais forte é a agricultura; em Ontario e na colônia britânica, há um desenvolvimento das áreas de Software e Telecomunicações. Já um restaurante e uma consultoria em comércio exterior, por exemplo, são investimentos que poderiam dar certo em qualquer lugar”, explica Walter Domingos, oficial de Imigração do Canadá.

Pelo sexto ano consecutivo, representantes das províncias de Colúmbia Britânica, Ontario, Nova Brunswick, e Quebec estarão em São Paulo nos dias 18 e 19 de novembro para prestar maiores informações e entrevistar brasileiros interessados nessa categoria de imigração.

Taxas e pré-requisitos

Para ser admitido no Programa, o profissional precisa ter entre 21 a 49 anos, fixar residência no Canadá, ter um patrimônio líquido de R$ 740.000 e gerar pelo menos um emprego para um residente canadense. “O ideal é que o empresário faça uma visita ao país antes de ir, de preferência com a família, para ver se é isso mesmo e se ele vai conseguir se adaptar”, afirma Walter. É feita uma seleção com os candidatos ao Programa, que envolve todos os itens acima e ainda outros pontos importantes, como o domínio do idioma – inglês ou francês -, experiência profissional e graduação. “O fato dele ter nível superior não é eliminatório, mas com certeza ganha pontos a pessoa que tem uma faculdade”, considera o oficial de imigração.

Será necessário ainda preencher um formulário de inscrição e pagar uma taxa consular no valor de R$ 2.600 (US$ 1050) e também uma taxa de imigração, no valor de R$ 2.400 (US$ 975). Com a aprovação, o empreendedor ganha o direito de ir e vir no País e passa a ter os mesmos direitos de um cidadão canadense, como assistência médica e educação grátis para as crianças – que no Canadá é muito boa, ao contrário do Brasil.

Walter explica que as maiores dificuldades para quem decidir fixar residência no Canadá estão nas diferenças culturais, tanto social quanto empresarial. “Há pouco espaço para flexibilidade, os aspectos legais e trabalhistas também diferem bastante”. E se por acaso não der certo e eu quiser voltar? Neste caso, você terá que arcar com as conseqüências e despesas. “O consulado dá um prazo de três anos para você se estabelecer. Mas as taxas não serão devolvidas”, argumenta ele.

O Programa de Imigração para Empreendedores existe desde 1997 e já enviou 50 brasileiros para o Canadá. Existem no País hoje outros 15.000 imigrantes.

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